Porto Mauá, RS - Alba Posse, Misiónes é um dos dez pontos de fronteira com controle de migração que existem ao longo dos 1250 km da linha compartilhada entre dois principais parceiros do bloco Mercosul. Provavelmente, o mais popular entre quatro pontos deste tipo - com balsa (há pontes em 5 ouro pontos e apenas um é completamente seco).
Todas quatro travessias internacionais de balsa entre Brasil e Argentina pelo rio Uruguai operam apenas no horário diurno, e com longo intervalo de almoço. Nós chegamos em Porto Mauá por volta das 12:40 na segunda-feira 26 de dezembro de 2016, e a fronteira estava trancada com cadeado, mas o horário de balsa prometia próxima partida às 14:30.
A fila de espera foi de tamanho só de 1 carro (aquela picape vermelha), portanto fomos almoçar no lanchonete bem em frente, para manter o controle visual sobre a situação. O pessoal do lanchonete assegurou que os guichês da balsa e do controle de migração devem abrir às 14 h, e que não faz sentido ir até lá antes disso.
Saúde! Foi um dia bastante quente, e a refrigeração líquida ajudou mesmo. Um "prato feito" para serviu bem para nós dois, até demoramos muito para dar conta desta quantidade de comida (R$ 12, as bebidas ficaram em R$ 10 - tudo barato).
Alguns minutos depois em frente ao nosso abrigo e bem ao lado dos portões fechados estacionou um carro que chama a atenção - "Mercedes" branco com placa de Paraguai. Apenas com um motorista a bordo - uma pessoa com mobilidade reduzida, portanto ficou na frente da fila.
Um pouco antes das 14 horas esta fila dos carros na rua principal da pequena cidade já aparentava tamanho proporcional à capacidade da embarcação que estava atracada no porto. O escritório na esquina oferecia "Carta Verde" - seguro obrigatório para circulação dentro da Argentina (além da zona fronteiriça de 30 km), com várias opções de validade. houve também operações informais de câmbio com taxa de 5 pesos argentinos por 1 real, boa para aqueles dias.
Atrás desta esquina, ao longo da rua na beira rio, estava escondida mais uma fila considerável - dos caminhões.
A balsa já parece estar pronta para embarque.
Mais um ângulo de visão, a correnteza rio acima é bem sensível.
No outro lado do rio já começou o embarque para balsa que deve partir no sentido oposto. E nós ainda estamos no aguardo da abertura do guichê para pagar R$ 10 por dois pedestres, muito menos do que pagam os que viajam com rodas próprias.
Em breve apareceu um carro da Polícia Federal, logo os guichês reabriram, e em poucos segundos realizamos os devidos procedimentos para admissão ao bordo. Agora estamos na abrigo da balsa "Pérola" reservado aos pedestres, ao lado da placa que informa as suas capacidades.
Com um certo receio olhando como os caminhões sobem a rampa: a balsa não cabe mais de 124,4 toneladas, mas oferece 3 faixas para veículos, portanto esta preferência aos caminhões pesados pode levar à sobrecarga de muitas vezes.
Mas tudo foi feito rápido e com competência: dois caminhões pesados colocados pelos lados do setor central, aumentando a estabilidade da embarcação; pela faixa central entrou uma porção de veículos menores que encheu a parte dianteira da balsa, até a proa; o terceiro caminhão tomou a posição central; a, por final, a parte traseira foi completada por mais um grupo de carros de passeio e picapes. Os motoristas e passageiros também se juntaram aos pedestres naquele abrigo com alguns assentos e com coletes salva-vidas, estamos prontos!
E começou a travessia do Rio Uruguai, que tem aproximadamente 0,5 km de largura neste ponto. A nossa rota entre dois portos um tanto desalinhados é pelo menos duas vezes mais longa.
A balsa que vinha no sentido contrário partiu mais tarde, e só liberou o píer um pouco antes da nossa chegada ao lado argentino.
O controle de migração e alfândega no lado argentino operavam em duas vias: uma exclusiva para caminhões e outra para pedestres e para veículos miúdos. Com mochilas leves subimos a rampa na liderança, e fomos primeiros desta balsa a entrar no território da Argentina:
A cidadezinha aqui é menor ainda, menos de 0,5 mil de habitantes, e estava em soneca coletiva da tarde. Agravada pelo fato do que na Argentina neste dia 26.12 ainda é feriado de Natal - fase 2.
O ponto de ônibus pareceu inoperante, portanto começamos procurar um ponto de táxi, ou pelo menos de alguma informação sobre números de telefones dos taxistas locais. Mas neste momento os carros da nossa balsa começam a avançar pela rua no sentido da rodovia.
Reparamos com um carro robusto e com motorista solitário, levantamos as mãos e fomos gentilmente transportados até a cidade de Oberá, próximo destino da nossa rota. O motorista não aceitou nenhuma contribuição financeira e ainda deu várias informações importantes sobre as particularidades regionais, inclusive sobre ausência de ônibus regulares aos domingos e feriados na primeira metade deste percurso de 60 km. Apesar da população rarefeita, as estradas nesta parte da província Misiónes são ótimas.
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Lembrando que na parte brasileira do roteiro daquele dia foi tudo mais fácil, até um tanto banal.
Saímos da rodoviária na cidade Santa Rosa das Missões com ônibus regular às 11:30, em uma hora vencemos a distância de 42 км, сom entradas em duas pequenas cidades pelo caminho. A estrada foi 100% asfaltada e estava em boas condições, o ônibus bastante rodado, mas razoavelmente confortável. Preço de passagem R$ 10. Existem mais três frequências diárias: às 8:30 que não aproveitamos devido aos compromissos de Santa Rosa, e duas à tarde, pouco úteis em roteiros como nosso.
O ponto final desta linha de ônibus fica na parte alta da pequena cidade Porto Mauá (por volta de 3 mil habitantes), de onde há apenas uma ladeira para porto, e este caminho agrada pelas pinturas temáticas.
Horário de balsa: 8:30 - 11:30 e 14:30 - 17:30 diariamente.
Intervalo máximo 30 min.
Endereço: R. Uruguai, Porto Mauá — RS, 98947-000, Brasil
Telefone: (+55) (55) 3545-1249
Página oficial:
http://www.portomaua.rs.gov.br/site/conteudos/1171-horarios-de-balsa
Atualizado: 23.12.2018
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