sábado, 28 de novembro de 2015

Ollantaytambo, simplesmente imperdível

1-2 de fevereiro (domingo - segunda):  de novo de meio dia ao meio dia. Mas 24 horas anteriores nós passamos no longo caminho com duas paradas curtas, e agora ao contrário - numa pequena cidade, apenas a algumas dezenas km de almejado sítio arqueológico de Machu-Picchu.   

Para muitos aventureiros apressados e praticamente para todos "pacoteiros" a cidade de Ollantaytambo serve apenas como nó logístico no caminho a uma das "novas maravilhas do mundo" e-ou de volta. Ocorre que logo abaixo deste lugar o Vale Sagrado dos Incas estreita tanto que forma um verdadeiro desfiladeiro do rápido e imprevisível Rio Urubamba (conhecido também como Rio Vilсanota), e não cabe mais nenhuma estrada de rodagem, apenas ferrovia de bitola mínima. Assim, o acesso (dos estrangeiros) a Machu-Picchu tem que ser de trem caríssimo (há como driblar esta armadilha, mas contarei a parte), mas há poucos trens diretos de Cusco a M.P., e estes transitam entre Cusco e Ollanta bem mais devagar do que moderno transporte rodoviário. Portanto há muitos ônibus, micro-ônibus, vans, táxis coletivos, etc. que circulam até aqui, e várias frequências diárias de trens entre Ollanta e M.P., e pouca gente consegue não passar por aqui. Mas parar ou não parar é um outro assunto.

A nossa parada foi planejada com boa antecedência - para descansar depois de longo caminho, já um tanto abaixo dos 3000 m, lembrando que este número representa uma barreira psicológica, se não fisiológica, e que  Cusco fica consideravelmente acima. E também para conhecer o sítio arqueológico local, bastante amplo e com elementos nada menos impactantes do que em Machu-Picchu:


Foi aqui que nós compramos ingressos válidos para visitação deste e de mais 15 monumentos arqueológicos e museus de Cusco e região (130 soles para 10 dias, inclui nem tudo: visitas a M.P. e mais algumas coisas tem que pagar a parte).

No dia de chegada exploramos este lugar só um pouco - preferimos recuperar o fôlego depois das estradas e procurar alguma medicação para recobrar alguma capacidade de se alimentar. Mas na segunda-feira de manhã já estávamos prontos para mais uma porção de escadas íngremes, e o sol brilhava com mais alegria, convidando para novas façanhas. 


Valeu mesmo esta escalada, tanto para conhecer as maravilhas locais, quanto como treino para Huayna Picchu. 


Há várias rotas de visitação, mas variantes aparecem só á em cima, e a subida inicial é única e obrigatória para todos. 


Primeiro trecho horizontal - "dez fornos". Há várias versões de função destes nichos, inclusive de padaria mesmo, além de ritualística etc. Mas eu me interessei mais pela hipótese que que tais elemento de estruturas de pedras grandes representam o segredo da sua resistência aos terremotos e trabalham como amortecedores.      


Os "cubos" são de dimensões impressionantes, e o peso de cada um deve ser espantoso. As saliências em algumas superfícies demonstram que aqui existiu ou foi planejado um anexo transversal - as "conexões macho-fêmea" são típicas para estas construções. Então, os "cubos" foram talhados a partir de rochas de tamanho bem maior. 


De fato, todas as pedras são de diferentes formato e tamanho, mas estão muito bem ajustadas entre si.

Deste ponto já podemos olhar ao redor. Os terraços agrícolas deste antigo povoado já ficaram para baixo e agora parecem mais um campo de futebol do que aquela muralha de castelo que observamos antes de subir. No plano de fundo aparecem o mercado de artesanatos e uma parte da atual cidade Ollantaytambo - aquela que se estica pelo vale transversal ao Rio Urubamba  


Provavelmente, este vale do Rio Patacancha logo dali se transforma em outro desfiladeiro, há uma forte tentação de explorar lugar melhor, mas hoje já não dá tempo. Talvez, na outra oportunidade, será que voltaremos para Ollanta algum dia?


Esta parte da cidade encosta no Vale do rio Urubamba. A estação de trens fica atrás do pequeno bosque à direita, no plano de frente aparece a estreita rua com título de Avenida - sua única ligação com o centro. E um amplo estacionamento para ônibus e vans de turismo (para lotação há outro, perto do terminal).  

Depois de curtir o panorama, continuaremos a exploração do sítio arqueológico. 


Os monólitos gigantes, cada um maior que outro. 


Os restos do parcialmente destruído Templo do Sol. Então, aqui foi a praça central da antiga cidade.


Ao lado desta aparece uma verdadeira cidadela - parte fortificada da cidade.




Daqui para cima já são verdadeiras muralhas de defesa, e não terraços agrícolas com nos níveis inferiores.


E a qualidade de construção é visivelmente pior, são obras mais recentes que acrescentou a este antigo lugar a passageira pseudo-civilização dos incas, viciada em guerras.


Desta cidadela podemos ver o começo do nosso caminho a Machu-Picchu: mais alguns quilômetros do prospero Vale do Rio Urubamba, que logo se transforma em estreito e sinuoso desfiladeiro. 


Estamos descendo por outra escada, a aqui de novo fica aparente que antes dos incas neste local trabalharam, e por muito tempo, especialistas bem mais competentes.


Mas a máfia judaica-cristã da chamada "ciência histórica" faz de tudo para esconder o fato de que muito antes da Bíblia aqui já morava gente inteligente que sabia construir coisas tão impressionantes. Por isso tenta colocar etiqueta de "incaica" a tudo que se vê por aqui...


...Em Ollantaytambo há também uma trilha lateral, que convida a contornar esta montanha pela beira. 

 

Uma rua estreita no início, e depois apenas esta trilha, mas bastante ampla, nada de perigo, embora a parede aqui há só de um lado.


Lá em baixo nós esperam vários templos, termas, etc., mas não temos pressa de descer, haverá ainda tempo para esta parte da super-Ollanta.


Então, agora podemos seguir pelo nível superior para setor norte - sobre o Vale do Rio Patacancha. Aqui foi um verdadeiro bairro rural: muitas plantações em terraços e algumas casas entre.


Portanto, esta é uma "estrada rural" dos tempos antigos. 


Vista deste lado para própria antiga cidade de Ollantaytambo, ao pé da qual cresceu a Ollanta dos dias de hoje.


O estilo dos sobrados daqui é bem prático para mundo dos terraços. 


As coberturas de palha são bem inclinadas, em plena harmonia com forma de montanhas ao redor.


Há também muitas escadas primitivas, mas praticamente eternas - feitas de pedras mais compridas embutidas em paredes dos terraços para facilitar a circulação entre mesmos.


Agora já estamos em baixo, e aqui é bem mais espaçoso, de todo lugar escuta-se murmúrio de água.


Os banhos foram praticados em todos os tempos, portanto em torno destas "torneiras" há construções de diversas épocas da Ollanta.


Tecnologicamente também muito variadas - de monólitos cortados com perfeição pelas forças desconhecidas e até "alvenaria" meio vagabunda. 


Em alguns lugares tais elementos são misturados de forma suspeita, deve ser sequência das adaptações mais recentes feitas pelos notórios incas. 


De repente, entre rochas aparece um bloco de formas complexas, recortado com muita precisão.


E depois mais algumas peças similares, mas estas já compostas.

 

Há muitas amostras de trabalho perfeito sobre rochas duras por aqui.

 

Este é o maior templo do nível inferior, que já observamos de cima - "Templo del Agua". A cobertura só existe sobre paredes, o pátio interno é ao céu aberto. No plano de fundo aparece aquela montanha no outro lado do Vale de Patacancha, com armazéns antigos.


Estamos nós despedindo com o sítio arqueológico de Ollantaytambo, última vista de baixo para seu setor agrícola.

Ainda sobra tempo para conhecer a cidade ao redor, antes de partir de trem para Machu-Picchu...

Fotos do autor
Atualizado 05.11.2018

...crônica de viagem pelo sul de Peru
...cartão de visita Ollantaytambo, Peru (em construção)
...lista PERU

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