domingo, 10 de janeiro de 2016

O mais valioso monumento de arquitetura no Mundo


O ponto alto do nosso passeio de um dia em Istambul graças à longa conexão entre voos da "Turkish Airlines" foi visita ao museu do templo Santa Sofia (ou Hagia Sophia):


O  nome Hagia Sophia (Άγια Σοφίαem grego significa "Sagrada Sabedoria", em turco  escreve-se como Ayasofya.

Atualmente (deste 1935, então nos últimos 80 anos) este edifício funciona como museu dele próprio, e se tornou um dos mais visitados museus desta histórica metrópole. A entrada custa 30 Liras (menos de 10 Euro), infinitamente pouco comparando com mistérios preservados nesta monstruosa construção. 

A exposição começa ainda na parte externa do templo, com planta baixa e detalhes de projeto. E também com vestígios dos templos mais antigos que ocupavam outrora este local.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Pela divisória do Centro Histórico

Samara, RÚSSIA 

A Rua Krasnoarmeiskaya (Красноармейская - "de Exército Vermelho") inicialmente foi chamada Peschannaya (Песчаная - "de Areia"), e entre ano 1870 e período soviético Alexeevskaya (Алексеевская). Se estica do Rio Volga na direção do terminal ferroviário, praticamente oeste-leste, e no final do século XIX dividia a cidade em duas partes equivalentes em área, mas de sorte bem diferente - "centro" e "periferia".  Nas últimas décadas esta margem ganha outro sentido: o triângulo sul, entre Rua Krasnoarmeiskaya, Rio Volga e Rio Samara representa a mais antiga parte da cidade, saturada de joias arquitetônicas dos séculos passados, e a reposição das construções condenadas à demolição ocorre por lá com maior delicadeza, em busca de conservação de ambiente tradicional.  Ao norte desta rua e até a Rua Polevaya (Полевая  - "de Campo") a herança era menos valiosa, com predomínio de construções de madeira, de 1-2 andares, que não resistem tanto ao tempo. Ainda no final  do século XIX começou a transformação gradual quadra por quadra, deste setor, resultando em harmonioso crescimento vertical e em formação de novos espaços verdes de grande extensão. Alias, a Rua Polevaya ("de Campo") ganhou este nome justamente porque a cidade acabava por aí: houve casas apenas de um lado, e no outro começavam as plantações da zona rural.

Mas esse setor estará em foco de outro roteiro, agora vamos apreciar apenas esta nítida "margem dos tempos" passeando pela Rua Krasnoarmeiskaya que divide a Cidade Velha em duas partes: uma cuidadosamente conservada e outra radicalmente reformada. Começando com a praça do Terminal Ferroviário, Praça Komsomolskaya (Комсомольская площадь), localizada entre ruas Krasnoarmeiskaya (Красноармейская), L´va Tolstogo (Л. Толстого - "do Leon Tolstoi"), M. Aguibalova (М. Агибалова) e Sportivnaya (Спортивная - "Esportiva"), bem na ponta leste do triângulo histórico, a mais distante do Rio Volga.

Uma das exceções aqui é o próprio Terminal. O prédio antigo foi considerado um monumento arquitetônico intocável por várias décadas, mas já não comportava o fluxo de passageiros e nem era passível a uma reconstrução que conservaria a sua aparência. No início dos anos 2000 foi construído completamente novo, bem diferente, mas também muito atraente.



Não apenas brilhante por fora, por dentro bem espaçoso e confortável, de configuração moderna: as principais salas de espera ficam diretamente sobre plataformas de embarque. E bem visível de longe, principalmente dos trens que chegam à cidade tanto do Leste quanto do Oeste (localmente do lado Sul) - com seus mais de 100 metros de altura é o mais alto terminal ferroviário da Europa. Já o prédio antigo era contemporâneo desta locomotiva à vapor que agora virou monumento, e também tinha aparência muito harmoniosa.

O  conjunto da Praça Komsomolskaya complementam três prédios construídos na primeira metade do século XX, que agora já fazem parte de patrimônio arquitetônico, com destaque para Administração Regional do antigo Ministério de Transporte Ferroviário da URSS, atualmente uma das subsidiárias da  RZhD (Empresa Estatal Ferroviária da Rússia), responsável por 11,5 mil km da sua malha (confira no Wikipedia em espanhol):