domingo, 10 de março de 2013

A (maior) Belém sulamericana


Estamos descendo para aeroporto Belém sobre a borda do delta do Rio Amazonas. Aqui já não fica claro onde estão braços do rio e onde baías oceânicas. Mas os afluentes que se juntam a este bolo do sul podem ser classificados com facilidade. Nas ilhas começam aparecer povoados e indústrias. Chuvas locais fortes andam pela área para lá e para cá. Antes de pouso ganhamos uma bela vista da cidade que surgiu de repente.


À direita da cidade – o Rio Guama, e a parte central olha para meio baía meio braço do delta, com largura de até 30 km, mas está protegida por uma cadeia de pequenas ilhas.




No centro desta foto podemos ver uma fortaleza de pedra. À esquerda desta referência, pela orla: cais de comércio (peixe, frutas); mercado municipal; porto antigo, transformado em algo parecido com “shopping center” (com guindastes amarelos, agora apenas decorativos); porto moderno...


A altura das construções do bairro próximo ao porto impressiona.

A cidade é famosa pela festa de Círio de Nazaré (muito venerado pelos católicos da região Norte). O próprio nome da cidade é alusivo ao local de nascimento do Cristo. Nazaré é nome da outra cidade da Palestina, também associada ao Novo Testamento (neste caso sem razão), bem como nome de um bairro da Belém do Pará, que reúne anualmente até 2 milhões de romeiros. A profissão começa na ordem pedestre e continua como embarcada, com uma fila enorme de barcos e barquinhos.


Não é por acaso que a Catedral formal da cidade parecia meio abandonada.


E a igreja do bairro vizinho Nazaré simplesmente brilha.


O bairro todo ainda estava em enfeites temáticos, alguns dias após a festa. Alias muitas das árvores das ruas oferecem não apenas a sua sombra, mas também boa safra de mangas, o que justifica mais um título informal da cidade.


Para visitantes menos religiosos deve ser mais interessante visitar a fortaleza e suas vizinhanças – mercado e porto.



O prédio do Mercado Central veio da França há um século, bem como seu similar em Manaus. Recentemente foi restaurado e reaberto.


Há também comércio direto de bordo de barco.


A abundância das frutas cítricas é um tributo à tradição nacional brasileira, não são frutas típicas da região. A manga já é local. Mas as principais particularidades do mercado da Belém são outras.


É claro, há muito peixe…


Grande variedade de camarões.


E muita castanha do Pará, bem barata. Há também outras castanhas, como d caju, em grande variedade e com bons preços.


Continuando pela orla, o porto velho. Os prédios foram reformados, agora dentro há complexos de restaurantes e diversões, no ambiente de ar condicionado. Depois começa o porto atual.


Os guindastes amarelos viraram monumentos do complexo retro, bem como o veículo a vapor. Mas no fundo podemos ver os equipamentos portuários em funcionamento.


Olá, Sua Majestade Galina Terceira.


A chuva marítima equatorial vem de repente, mas passa normalmente rápido.


Mais uma semelhança com Manaus: também há um teatro monumental, construído no final do século 19, onde também ocorrem excursões, além de espetáculos e concertos.

Há mais prédios altos do que em Manaus, e de aparência mais imponente, em especial, daquele par que não consegui fotografar de ônibus. As placas de publicidade declararam que eram “torres mais altas da Amazônia”, acho que acima de 40 andares. Em geral, deu para sentir que cidade é mais dinâmica, e de fato é mais integrada ao contexto nacional. общенациональный контекст.

Não há um zoológico “sricto sensu”, mas existem parques temáticos dedicados à natureza da Amazônia. Dois destes ocupam quadras inteiras na parte mais movimentada da cidade – próximo à igreja de Nazaré e na região do terminal rodoviário, ao longo da principal avenida axial. O clima nestas ilhas verdes é bem diferente do resto da cidade, e as exposições são basicamente botânicas, mas há também animais.


Uma parte fica em viveiros ou pequenos lagos cercados de tela, como os jacarés.


Ou este peixe-boi (de fato é um ex-elefante, que gostava de tomar banho tanto que provocou esta mutação). A área verde dele é muito bonita.


Os bichos-preguiça, pacas e alguns outros pequenos e inofensivos representantes da fauna amazônica desfrutam da liberdade total e passeiam pelo parque.


As aves incomuns para outras grandes cidades podem ser encontradas e em outras praças verdes, próximo às pessoas e às vias de transporte.


O sistema viário da cidade é bastante lógico, até na parte central. No sentido dos bairros novos e do aeroporto saem verdadeiras autopistas, com várias faixas para cada lado e com ciclovias isoladas, na faixa verde central. O transporte público conta apenas com ônibus, que andam bem, mas costumam dar chacoalhadas. Formalmente, os táxis também devem ser contados. Mas o metro já faz falta para cidade desse tamanho.

Para quem gosta de roteiros incomuns e de turismo ecológico, Belém serve como principal porta de entrada na Amazônia. Há várias excursões interessantes no raio próximo, saídas para Ilha de Marajó, possibilidade de iniciar rotas mais longas... Por exemplo, seguir para Macapá e depois para fronteira com a Guiana Francesa. Ou pelo Rio Amazonas acima, no sentido de Manaus.

Links externos recomendados:
Internet portal da Belém
Belém - Coordenadas Wikimapia

Fotos do autor.
Atualizado: 07.12.2018

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