sábado, 28 de fevereiro de 2015

"Martes de feria" em Punata - feira gigante de produtos naturais

Punata, capital da Prov. Punata, Dep. Cochabamba - fundada em 1781, 26 mil hab., altitude 2732 m, 52 km de Cochabamba

30.09.2013, segunda-feira. Cheguei à Punata no fim de tarde, depois de longa e memorável jornada no ônibus (Pela "Estrada Velha" Santa-Cruz - Cocha)

Desembarquei aqui: http://wikimapia.org/#lang=pt&lat=-17.5 ... 2&z=17&m=b
E logo comecei as andanças pela zona central com triplo objetivo: curtir o pedaço; encontrar algum lugar para dormir e logo deixar a mochila; pesquisar soluções de logística para dia seguinte.

A Punata foi recomendada por alguns amigos como boa amostra da parte próspera do interior boliviano. Tal parte consiste em vales férteis, com produção agrícola abundante, e com pequenas cidades que servem basicamente para intensa troca de produtos. E neste caso visitei nada menos que "La Perla del Valle" - a mais importante cidade do Valle Alto, que é em sua vez um dos mais importantes vales da Bolívia, talvez o mais povoado de todos. Alias o nome Punata vem de quéchua e significa "altura / lugar alto". Por merecer: desde que parti de Mairana, cujo vale fica na altitude de 1325 m, cada próximo vale estava entre montanhas mais altos e com seu fundo mais alto também.

Voltando aos meus objetivos: só com o primeiro estava dando certo desde início. A cidade é agradável, parece bastante próspera e tranquila, com arquitetura um tanto diferente em comparação com aquilo que encontrei antes. Embora a praça central decepcionou pelo tamanho, é muito bem arrumada, nada perde para outras vistas na viagem. E era muito movimentada também, depois de por do sol mais ainda.


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Uma simpática metrópole boliviana

Cochabamba, BOLÍVIA

A terceira maior cidade boliviana é o principal centro da mais bonita e mais interessante parte do país onde bonitas serras verdes escondem muitos vales férteis - redutos da tradicional economia baseada na agricultura. Esta Bolívia é pouco conhecida pelos visitantes, mas quem já possou por lá normalmente guarda boas impressões: as região ostenta uma prosperidade sem esbanjamento, com ares de quase auto-suficiência. Curtir atmosfera de uma sociedade ecologicamente correta faz bem, e ajuda nisso o principal centro urbano e logístico da "Bolívia do meio"  - Cochabamba, que guarda chaves aos seus muito autênticos arredores.



A cidade é rodeada pelas imponentes montanhas, há até alguns picos com cumes nevados, inclusive com altitude acima de 5000 m. Mas a maior parte dos bairros fica no terreno plano, em níveis por volta de 2570 m, portanto o clima é muito bom: temperatura média de +17 C,  pequenas variações sazonais, muitos dias de sol, mas sempre com umidade suficiente e sem falta de água para sues jardins.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Pela "Estrada Velha" Santa-Cruz - Cocha


30.09.2013. ... De manhã em Mairana tomei o meu café e embarquei naquele ônibus amarelo (Logística em Samaipata: nó de Mairana) com destino a Cochabamba. Como uma hora antes de chegada deveria passar em Punata, que pretendia visitar no dia seguinte, resolvi encurtar o trajeto e descer lá mesmo. Apesar disso, acabou sendo a mais longa viagem do roteiro, de 9 horas, embora em distância não era a maior, uns 320 km. 

O ônibus não foi nem muito velho, nem muito apertado, consegui guardar mochila entre as pernas, mas com dificuldades. Partimos quase na hora certa, 8:36, e em puco menos de 2 horas vencemos 110 km até Comarapa pela estrada asfaltada. Muitas curvas, quase sempre subindo aos poucos, mas tudo tranquilo. Muitos sítios, roças, pequenas fazendas nos vales dos rios que estrada acompanhava. Alguns povoados, com igrejas e escolinhas. Reparei Los Negros no km 172, cujo transporte me ajudou no dia anterior. 

Comarapa, fundada em 1615, altitude 1800 m, 4-5 mil habitantes

Parada para comer e descansar, 30 min. Esta cidadezinha é bastante importante, fica no meio de caminho entre Santa Cruz e Cochabamba (mais ou menos 250 e 260 km respetivamente). Por perto há construções incaicas, locais de combates entre incas e guaranis. E espanhóis, vindos de Lima, há 4 séculos que montaram aqui um entreposto de estrada. Hoje em dia é um tronco de vias locais, que liga várias "valles crucenõs", e nada menos que capital de uma província.

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Chegamos deste lado, e reparei que houve vários ônibus prestes a partir para cidades maiores, e não só para Santa Cruz e Cochabamba: aquele vermelho ia para Sucre. Quem precisar, procure aqui: http://wikimapia.org/#lang=pt&lat=-17.916788&lon=-64.531127&z=17&m=b

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E o nosso amarelo parou aqui, ao lado de um refeitório. A seguir, nós espera aquela estrada de terra e cascalho que sobe acima de teto do ônibus de direita para esquerda, e não encontraremos outro lugar para almoço por muito tempo. Próximos 130 km sem asfalto andamos mais devagar, gastamos 4,5 horas neste trecho montanhoso. E depois mais 1,5 h de asfalto até Punata (quase 80 km). Esta parte foi muito bonita, exceto um pedaço que se escondeu em nuvens densas.