No dia 30 de janeiro de 2015, a caminho de Arequipa a Chivay (no Vale do Rio Colca) atravessamos um dos parques nacionais peruanos, Reserva Nacional Salinas - Aguadas Blancas. Foi de ônibus turístico, portanto, com várias paradas em lugares interessantes. A maior promessa do dia, vista para vários vulcões desta região, acabou falhando nesta vez por causa das nuvens densas, mas outra foi cumprida: observamos vários representantes da exótica fauna local, na maioria da família dos "Camelitos andinos".
Entre quais houve uns carneiros infiltrados.
Mas antes de encontro com esses bichos simpáticos foi necessário deixar a cidade de Arequipa, cujos bairros periféricos se esticaram por vários quilômetros da estrada.
Depois da próspera e bem movimentada Avenida Ejercito, por onde no dia de chegada já passamos do aeroporto para centro, começaram quadras bem mais pobres, com alta porcentagem de obras inacabadas. Estrangeiros representaram quase metade dos aproximadamente 30 passageiros de ônibus, e para eles o guia explicou esta particularidade local: qualquer "declaração de intenções" de construir mais um andar, na forma de vergalhões de aço não aparados na altura de última laje (junto com falta de telhado) vale isensão de imposto predial.
Na periferia de Arequipa chamaram atenção várias paradas, onde passageiros vindos do centro em pequenos ônibus continuaram seu caminho em mini-táxis de 3 rodas. Estes veículos "ultraleves" montados com base em motocicletas e scooters de baixa cilindrada são bastante populares em Peru, e as marcas mais populares são procedentes de Arequipa mesmo.
As construções em andamento (de verdade) também foram vistas em grande quantidade, bem como muitas lojas e lojinhas de material de construção. As numerosas distribuidoras de cimento ostentaram mesma marca - "Yura".
E na distância de 10 km dos subúrbios encontramos a fonte desta abundância - a maior fábrica peruana de cimento que abastece quase todo o país e ainda exporta seu produto para vizinhos. O vale de Yura aparenta equilíbrio ecológico, nesta região há muitas plantações agrícolas e até balneários de águas termais.
Depois de Yura a estrada continua subuindo, o tránsito neste trecho foi considerável, com predominância de caminhões pesados e ônibus modernos.
Depois de Yura a estrada continua subuindo, o tránsito neste trecho foi considerável, com predominância de caminhões pesados e ônibus modernos.
E logo chegamos ao altiplano - zona de atenção redobrada por causa dos animais qua cruzam a pista. As vicunhas são donas deste pedaço que faz parte da grande área de proteção ambiental.
Teoricamente este bicho é selvagem e não passível a domesticação, mas em condições de Reserva Nacional se comporta muito tranquilo. Observa sem medo veículos e pessoas, atravessa estrada com competência, sem estresse para si próprio e para outros. Vicunha supera em tamanho seus parentes llamas e alpacas, mas é menos peludo. Entretanto, lã de vicunha é de altíssima qualidade, portanto estes animais periodicamente são capturados para "corte de cabelo".
Parece que isto não os preocupa.
As fotos acima tirei na nossa primeira parada para observação de animais e montanhas nevadas, ainda no movimentado trecho da rodovia Arequipa - Juliaca - Puno.
Uns dez minutos depois saimos desta rodovia para esquerda e paramos de novo. Um dos caminhões da empresa "Cimento Yura" segui conosco, mas o trafego principal do eixo Arequipa - Juliaca aqui já aparece no segundo plano.
Mas nós estamos no caminho certo, por aqui passam os ônibus da viação REYNA que opera linhas entre Arequipa e Valle del Colca.
Esta parada chama-se Patahuasi e oferece várias atrações: vista para formações rochosas únicas, mecrado de artesanatos e centro de serviços. E o principal serviço por lá é venda de chá de coca, muito recomendado na altitude de 4 mil metros e antes de mais uma subida. Prospera também venda de balas de coca, para chupar no caminho entre paradas de chá.
Ao lado das lojinhas encontramos animais domésticos presos na apertada área cercada. As ovelhas e llamas se mistutaram e formaram uma harmoniosa equipe.
Seguimos o nosso caminho. E 40-50 minutos depois paramos de novo para aprciar outra fazenda com llamas.
Por perto já apareceu neve - sobre picos modestos. Aparentemente houve uma leve nevasca nos dias anteriores.
Prados húmidos, pequenos lagos e ...flamingo, cor de rosa! Na companhia de outros pássaros vindos de longe. Neste trecho de estrada encontramos várias composições do gênero: sempre flamingos solitários e nenhum grupo expressivo dessas maravilhas de natureza.
Mais uma parada, aqui tomamos conhecimento de mais uma variedade de llamas e assistimos mini-palestra sobre esta categoria de "camelitos andinos": llamas de 4 espécies. Fora 2 espécies de alpacas que são menores e ainda nós esperam em algum lugar. Não é fácil entender todas estas particularidades, mas entre vicunhas, llamas em geral, e alpacas em geral já podemos distinguir.
Pela postura parece uma vicunha, mas pelos indicam que este é mais um representante da família llamas. As alpacas também são mais vestidas, mas são menores.
Acamabos de chegar deste lado. É incrível: estradas tão retas nas altitudes de 4-5 mil metros.
Agora um trecho sinuoso: mais uma subida.
Mas ainda há prados verdes, embora neve aparece cada vez mais perto.
Uma nuvem passageira por aqui pode se enroscar na estrada e formar armadilhas de densa neblina. Levamos sorte: passamos apenas curtos trechos de baixa visibilidade.
E finalmente chegamos ao prometido mirante - Mirador de los Vulcones. Mas podemos apreciar basicamente pedras próximas, com nomes e alturos das artrações andinas. E tentar imaginar o que se revelaria em cada das direções caso nuvens desapareçam.
Só curtimos esta pequena amostra do esplendor destes lugares.
Mais dez minutos de estrada, e ganhamos vista dos picos nevados no outro lado do Vasle do Rio Colca.
E começamos descida para estre vale. Estrada sinuosa, mas bastante amigável, embora bem longa. Com muitas vistas memoráveis.
Primeira aparição do fundo deste vale, e já aparece a cidade Chuivay, nosso destino de hoje:
Nesta estrada costurada também há uma parada - para apreciar o vale e para aumentar coleção de lembranças. Daqui podemos ver em detalhes a codade toda e as suas arredondezas, repletas de terrasas verdes.
Chegamos! Há um posto de cobrança de taxa turística na entrada ao vale, com valores diferenciados¨nacional, sulamericano, outros. Pagamos para ver algumas coisas interessantes, a principal atração de Colca - cânion e mirantes de condors visitaremos amanhã.
A chuva começou durante nossos trámites de entrada no hotel, bem simples, mas próximo à praça principal. Assim, as andanças pela cidade ficaram para outro dia e ganhamos duas horas de descanso passívo, e depois seguimos de ônibus para excursão opcional - águas termais anunciadas logo na entrada da cidade. Alguns quilômetros rio acima, há serviços de táxis e mini-táxis coletivos a partir da praça principal. A chuva diminuiu bem, mas não acabou completamente, portanto não levamos máquina fotográfica a este lugar molhado. Mas curtimos muito, valeu o nosso esforço para comprar em Arequipa uma toalha de banho. Ilustrando este lugar apenas com ingresso, no valor de 15 soles. Há várias piscinas neste balneário, todos com temperatura de água aproximadamente 39 C. O cheiro de enxofre é suportável, e o tempo máximo de permanência 30 min. Valeu mesmo, até conseguimos nadar neste ambiente incrível, entre terraceamentos verdes e montanhas nevadas.
À noite mais uma atração opcional - jantar no restaurante típico, com show folclórico. Apenas a 2 quadras do nosso hotel. Via de regra evitamos essas coisas organizadas, preferindo refeição em outros lugares, mas apetite zerado aliado ao desejo de ouvir a música garantiu a nossa participação. Felizmente, houve opções de "menu" (alguma sopa mais um prato principal) e conseguimos vencer o mais leve conjunto desses, pedindo um para dois (sopa de quínua e truta com salada). A música agradou, até compramos um CD deste grupo folclórico. Houve ainda apresentação de danças tradicionais da região, com roupas exuberantes, e com envolvimento do público. Mais uma coisa boa nesta viagem.
Álbum fotográfico completo e seu mapa:
Fotos do autor
Atualizado 23.10.2018
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