sábado, 19 de janeiro de 2019

Primeira aventura nas alturas: La Paz e Titikaka

Mochilada a dois pelo norte da Bolívia, 7 dias em outubro de 2004

De grosso modo, esta viagem de uma semana em outubro de 2004 foi a nossa primeira incursão séria para fora do eixo Brasil + Rússia.  As dicas de um amigo brasileiro bem experiente no Altiplano Boliviano foram inspiradoras e de grande ajuda, tiramos proveito também de algumas materiais de uma revista para turistas independentes. Essa também foi nossa primeira experiência na utilização das milhas acumuladas em voos entre Brasil e Rússia: uns 20 mil milhas no programa da VARIG - Star Alliance foi suficiente apenas para uma viagem continental dentro da América do Sul. Entre vários destinos disponíveis e interessantes exatamente a La Paz aparentava o mínimo de custos  adicionais com hotéis e excursões. Por exemplo, em Santiago de Chile tais custos matariam uma das duas passagens grátis, porque somando preço da outra passagem eram comparáveis ​​ao preço de dois  pacotes turísticos completos, com passagens aéreas incluídas.

Além das passagens aéreas de ida e volta e de uma lista das principais atrações do pedaço não programamos mais nada com antecedência, e não reservamos nem hotéis, nem excursões. Como resultado, todas as metas foram alcançadas, e ainda guardamos muitas impressões incomparáveis.



O cronograma ficou assim:

09.10.2004. Primeiro dia na Bolívia: aeroporto El Alto e cidade de La Paz.

10.10.2004. Viagem de ônibus até Сopacabana, encontro com o Lago Titikaka, trilhas no entorno.  


11.10.2004. De barco pelo Lago Titikaka, com várias paradas na Ilha de Sol e uma na Ilha de Lua.
Copacabana, Isla del Sol e Isla de la Luna, Lago Titikaka

12.10.2004. Passeios em Copacabana e retorno para La Paz.

13.10.2004. Excursão de meio-dia no sítio arqueológico de Tiwanaku, tombado pela UNESCO.  À tarde mais uma rodada de museus em La Paz.
   
14.10.2004. Meu aniversário nas alturas: excursão para Pico de Chacaltaya (5400 m), via "Valle da la Luna"

15.10.2004.  De manhã passeios em La Paz: à tarde voo para São Paulo. 

sábado, 12 de janeiro de 2019

Punta Tombo - uma metrópole de pinguins e seus vizinhos

22 de janeiro de 2016. Esta pequena mas densamente povoada reserva natural ainda não tem o estatuto de Monumento da Humanidade UNESCO, e nem mesmo de um parque nacional, ela foi estabelecida pelo governo provincial de Chubut. Localiza-se a cerca de 200 km (em linha reta) ao sul do gigantesco e famosíssimo Parque Nacional da Península Valdés, conhecido também como o limite norte do areal atlântico dos pinguins de Magalhães. Mas a maior colônia desses pinguins no mundo é exatamente a Punta Tombo, que conta quase 400 mil habitantes. Seus ninhos são distribuídos ao longo da faixa costeira com cerca de 3 km de comprimento e com largura de até 600 m.

De acordo com a lógica do nosso roteiro de norte a sul, esta visita foi prevista para o dia seguinte - após a excursão pela Valdés, e aproveitada também para mudança de hotel: saindo de Puerto Madryn e chegando em Trelew. Mas por causa da tempestade que ocorreu no dia anterior, as estradas da península estavam interditadas e tivemos que fazer uma permuta que estendeu a nossa romaria pela Patagônia em centenas de quilômetros. Mas não se perdemos nenhum dia, e agora já estamos em Punta Tombo.



Esta é uma verdadeira cidade de pinguins, mas para seres humanos que visitam esta reserva natural lá dentro existem várias trilhas, calçadas e passarelas:

sábado, 5 de janeiro de 2019

A nossa expedição pela Patagônia argentina

Mochilada a dois pelo sul da Argentina, 16 dias em janeiro-fevereiro de 2016

Finalmente conseguimos realizar este plano: o roteiro básico foi detalhado ainda no fim de 2010, mas houve um contratempo na  hora de comprar passagens, seguido por outros motivos de adiamentos.  E nossa paciência valeu a pena, quando este plano amadureceu o suficiente deu tudo certo. Foi muito bom sem pressa atravessar estas regiões incríveis, andar por aquelas trilhas... Gostamos tanto dos três destinos-alvos (tombados pela UNESCO), quanto dos lugares que serviram de conexão entre estes.



O roteiro terrestre foi formatado de acordo com passagens aéreas espertas: não apenas ida e volta entre São Paulo e Buenos Aires (GRU-AEP-GRU), mas com acréscimo de mais um voo interno El Calafate  - Buenos Aires (FTE-AEP) no penúltimo dia, este último saiu quase de graça - por volta de R$ 100 por pessoa. Assim reservamos 15 dias para ir por terra da capital argentina ao sul, tentando conhecer tudo do mais interessante que estiver pelo caminho, incluindo obrigatoriamente os três monumentos de Patrimônio da Humanidade nesta parte da Argentina. E a nossa  trajetória real foi de modo geral conforme previsto (Plano de aventura na Patagônia: 2 semanas a partir de 20.01.2016), mas a rodagem total ficou maior - quase 5 mil km. Isso foi devido basicamente às longas esticadas bate-volta entre cidades de apoio e atrações principais, com contribuições de uma interferência climática e de algumas particularidades das linhas de ônibus na Patagônia.   

Rota (pernoites): 
Buenos Aires - (ônibus noturno) - Puerto Madryn (2 noites) - Península Valdés - Trelew (1) - Gaiman - Comodoro Rivadavia (1) - Las Heras (1) - Perito Moreno (1) - Cueva de las Manos, Rio Pinturas - (ônibus noturno) - El Chaltén (1) - El Calafate (5 noites, com excursões pelas geleiras) - voo interno - Buenos Aires (1)


Conexões de ônibus entre Buenos Aires e El Calafate

Fotos da Província Chubut:
Puerto Madryn - Península Valdés - Punta Tombo - Trelew - Gaiman - Comodoro Rivadavia

Fotos da Província Santa Cruz:
Las Heras - Perito Moreno (cidade) - Cueva de las Manos, Rio Pinturas - El Chaltén e suas trilhas - Geleira Perito Moreno, parte terrestre - Geleira Perito Moreno, parte aquática - Estancia Cristina - Lago Argentino, Braço Norte - El Calafate

Fotos aéreas:

FTE-AEP A320 LAN - AEP-GRU A320 TAM


Breve diário anotado no caminho:


20.01.2016.  NEGÓCIOS EM BUENOS AIRES

A capital da Argentina já desbravamos razoavelmente bem em 2012-2013, e nesta vez o principal negócio foi a conexão intermodal: de avião para ônibus com 5 horas entre a chegada para o Aeroparque AEP e a partida do principal terminal de ônibus Retiro. Desembarcamos na hora programada, rapidamente passamos pela fronteira e pela alfândega, já que carregamos apenas a bagagem de mão - uma modesta mochila e uma pequena bolsa.  Meia hora depois, já estávamos na rodoviária, chegando em um ônibus urbano comum. Confirmamos na bilheteria da empresa DON OTTO a validade das passagens compradas pela Internet, recebemos números das possíveis plataformas de embarque, e deixamos a bagagem no guarda-volumes automático.

Então sobrou um tempinho para negócio número dois: andamos pelas praças e ruas do centro, almoçamos, compramos provisões para a viagem e, o mais importante, visitamos uma das agências de viagens. Lá apreciamos os preços argentinos de excursões em El Calafate, o último e principal destino do nosso roteiro, e entendemos que desistimos das compras antecipadas pela Internet com toda razão. No fim das conversas compramos em Buenos Aires apenas 2 tours diários: o básico e o um dos três que foram visados além dele - aquele que registrou a maior quada de preço. Mais uma excursão foi simplesmente excluída, já que, em muitos aspectos, ela repetia partes dessas duas, e um dia livre seria bem vindo. Já a decisão sobre mais uma opcional, como, por exemplo, de invadir o Chile (PN Torres del Paine próximo à fronteira), foi adiada até os últimos dias da viagem.