Nesta postagem estou compartilhando com Vocês alguns pensamentos que até podem ser conectados aos aspectos logísticos das viagens, mas transcendem o escopo das nossas páginas "exotéricas". Seja a primeira do outro gênero: não tão filosófica como o manifesto inaugural da página "Pensando", mas seguindo a mesma linha do jeito mais objetivo e tecnológico. E em breve teremos uma página especial para este ramo mais esotérico cuja existência não afetará a estrutura do menu principal.
O que está em questão é a propulsão elétrica em veículos particulares, e a parte experimental deste estudo comecei ainda em agosto de 2022 ao adquirir este exemplar da categoria ultraleve de duas rodas:
É uma boa bicicleta urbana/estradeira (rodas de 27,5 pol.): sem amortecedores, mas com 7 marchas de pedal, paralamas, protetor de corrente e bagageiro. Além disso, tem um motor elétrico de 250 W no eixo traseiro e bateria de íons de lítio embutida no quadro. É um veículo híbrido, bem que livre do vicioso ciclo Otto: a assistência elétrica só pode ser acionada (ou não) ao pedalar, e nunca de forma passiva. Mas, quando precisar, pode contar com 9 níveis diferentes da sua potência - de acordo com adversidades enfrentadas. Massa própria 19-20 kg; capacidade de carga 130 kg: a minha massa corporal é metade disso, portanto ainda posso levar boa bagagem. Alcance nominal 50 km (30 mi) - em terrenos relativamente planos e usando a assistência elétrica de forma contínua. Os meus testes mostraram que tal forma contínua não faz sentido, e gastando a bateria apenas em subidas consideráveis e/ou contra vento forte pode ir bem mais longe, assim a autonomia prática supera 100 km.Confesso que o investimento de 6 mil reais não foi exatamente para fins de pesquisa e até meio casual: em maio passei por dupla cirurgia abdominal e, apesar da boa recuperação, a minha volta para passeios ciclísticos poderia demorar muito mais sem ajuda deste cortador dos picos de esforço. Embora na atual fase da nossa vida profissional nenhuma bicicleta teria utilidade como transporte diário, a experiência operacional nesta modalidade foi simplesmente empolgante em vários sentidos: dos planos de longas viagens sobre duas rodas até intenções de eletrificar a pequena frota de quatro rodas também. Mas a análise da situação atual nesta categoria demonstrou que o último ainda seria muito precipitado.