A nossa turma de 4 amigos (2 casais) serviu como núcleo deste grupo e garantiu a saída no dia sugerido pela operadora "Cerrado Rupestre". Com mais 7 interessados e 2 guias formamos equipagens de dois carros Toyota SW4 TD3.0 que cabem até 7 pessoas cada (em 3 fileiras de bancos). Apenas um assento ficou vago e foi utilizado como primeira extensão de porta-malas, mas ainda precisamos da segunda - sobre teto. Não foi por nossa culpa - levamos apenas aquela bagagem de mão com limite de 10 kg por passageiro que foi permitida em nossas passagens aéreas e combinada com a agência. Foi nossa primeira experiência nesta modalidade de viagem e curtimos isso do início até o fim.
O roteiro de 5 dias foi ótimo, com várias atrações de diversos gêneros e com 4 pernoites em locais diferentes. Além disso, para evitar os incômodos de voos noturnos dormimos 2 noites em Palmas: antes do início da "expedição" e depois do retorno. Os voos de ida e de volta foram na parte da manhã, e assim tivemos uma tarde e duas noites para conhecer as principais atrações da surpreendente capital tocantinense.
Mas as impressões mais marcantes desta semana foram das belezas naturais que conhecemos, e a grande novidade foi esta:
São nascentes muito especiais, chamados de "fervedouros" - com jatos de água jorrando pelo fundo arenoso da piscina natural e levando junto algumas bolinhas do ar. Tudo com águas cristalinas e de temperatura confortável.
Não faltavam também as cachoeiras, de altura e caudal variáveis:
Sem contar as duchas e o riacho que caem no cânion Sussuapara, visitamos cinco grandes quedas de água, com direito aos banhos prolongados em quatro.
No caminho cruzamos vários rios bonitos e transparentes, e um deles aproveitamos para ótima parada na praia fluvial (Rio Novo - fotos de cima):
Neste mundo das águas encontramos também as famosas dunas, mas um pequeno cânion mencionado acima e grandes chapadas que povoaram os horizontes impressionaram muito mais.
O relevo do Jalapão é bastante calmo, com altitudes padrão entre 400 e 500 metros (acima de NMM), mas essas formações com topo quase plano e com paredes íngremes chegam a 700-800 metros e mais.
O contato com a fauna local foi intenso, embora concentrado basicamente em aves e peixes.
Magníficos sobrevoos das grandes araras-canindé embelezaram horas de manhã e fins de tarde, e de dia encontramos elas mais paradas ou em voos de curta distância.
Araras azuis (maiores de todas) e vermelhas (que de fato ostentam mais cores do que outras) também foram encontradas em alguns momentos. Completam a lista das exóticas grandes aves de pernas longas que preferem não bater asas: emas e seriemas. As demais são bastante comuns também na nossa região, mas nem por isso deixamos de admirar tucanos, papagaios verdadeiros e periquitas, garças, patos, gaviões, quero-queros, bem-te-vis corujas, pica-paus e tantos passarinhos menores, começando com beija-flores de várias espécies.
Já com peixinhos pequenos convivemos em algumas seções de banho em rios e fervedouros, e até sofremos beliscadas por parte deles. Avistamos também peixes maiores que evitaram a aproximação.
Tatus, cobras e lagartos às vezes cruzaram estradas na frente do nosso carro. Mas a maior intimidade tivemos com pequenos lagartos verdes, parentes do camaleão, que lotaram a vegetação em torno do nosso último fervedouro.
Com todo esse recheio, a maior parte do nosso bolo tocantinense foi estradeira, e passamos um bom tempo curtindo paisagens pela janela do veículo:
Expedição "Vivências Jalapão 2021-5d", dia 2
Expedição "Vivências Jalapão 2021-5d", dia 3
Expedição "Vivências Jalapão 2021-5d", dia 4
Expedição "Vivências Jalapão 2021-5d", dia 5
E a abrangência geográfica do nosso roteiro percorrido no sentido anti-horário pode ser apreciada no seguinte mapa:
Cartões de visita elaborados com base nesta experiência:
Jalapão - TO
Palmas - TOJalapão - TO
Atualizado: 02.02.2022
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