O estado Tocantins foi criado pela Constituição de 1988, e logo em 1989 e foi fundada a sua capital, cujo projeto arquitetônico e urbanístico foi inspirado pelo sucesso de Brasília - DF. Mas, obviamente, já foi desenvolvido com devidas adaptações geográficas e temporais, e na sua implementação foi possível manter um ritmo de crescimento sustentável. Hoje em dia, a mais nova e a menor das capitais brasileiras ainda tem um pouco mais de 300 mil habitantes e continua na liderança no quesito de taxa de crescimento. Mas o seu Plano Diretor é compatível com projeções muito maiores, portanto entre apelidos oficiais da cidade - "Terra das Oportunidades", "A mais Brasileira das Capitais" e "A Caçula das Capitais" - o primeiro é nada menos verdadeiro do que dois outros.
O lugar para construção deste novo centro urbano foi muito bem escolhido: aproximadamente no centro geodésico do território brasileiro todo, 800 km ao norte de Brasília e Goiânia e próximo à margem direita do grande Rio Tocantins. Seu terreno é praticamente plano, com altitude média de 280 m. Nos anos 1998-2002 aproximadamente 50 km ao norte foi construída a barragem da UHE de Lajeado, com 74 m de altura. Em consequência o rio alargou várias vezes e na periferia oeste da Palmas surgiram várias praias fluviais, inclusive ilhadas. A conexão da Palmas om margem esquerda do Rio Tocantins pela rodovia TO-080 foi viabilizada pela "Ponte da Amizade e da Integração" implementada na altura do centro da cidade em 2002. Esta obra com extensão de 8 km inclui 4 aterros e 3 pontes propriamente ditas: de 1 km próximo à margem direita, de 0,1 km na parte central e de 0,1 km próximo à cidade.
Para quem chega de avião e conta com sorte (aproximação do lado oeste e janela pelo bordo esquerdo) a cidade se apresenta desta forma:
É isso mesmo: parece um grande parque beira-rio, com alguns prédios altos no meio de muito verde. A largura da faixa urbanizada não supera dimensões da represa, e nos seus fundos aparecem elevações cobertas de densa floresta. No mapa essas proporções são ainda mais aparentes:
Os símbolos vermelhos que representam atrações estão concentrados na intersecção dos principais eixos viários Norte-Sul e Leste-Oeste, onde se encontra a Praça dos Girassóis, uma das maiores praças urbanas do mundo e a maior nas duas Américas. No centro deste retângulo com dimensões de aproximadamente 800 por 700 metros está o Palácio Araguaia, sede do governo estadual. Nos cantos nordeste e noroeste há prédios dos poderes Legislativo e Judiciário, também bonitos, mas de altura ainda menor e meio escondidos entre grandes árvores. Estas construções junto com alguns prédios administrativos construídos no lado sudoeste da praça ocupam relativamente pequena parte dos 570 mil metros quadrados da sua área total, bem arborizada e com amplos espaços para passeios e eventos. Vale a pena dar uma volta por lá e apreciar diversos monumentos espalhados ao redor, inclusive o próprio Centro Geodésico do Brasil:
No destaque desta colagem está o Palácio Araguaia e no canto direito inferior a obra da Catedral Católica, ainda não concluída.
A Praça dos Girassóis se destaca na planta das cidade como a maior das suas superquadras delimitadas pelas amplas avenidas duplas com três ou mais faixas de rodagem em cada sentido:
Dentro das superquadras comerciais, maior parte das quais é agrupada em torno da Praça dos Girassóis, há várias ruas ligadas com avenidas principais. Já as superquadras residenciais possuem poucas ligações com a malha viária geral, privilegiando a privacidade dos seus moradores. Os hotéis (nem todos aparecem no mapa) são concentrados do lado oeste da praça central, mas existem nas outras partes da cidade também.
Uma típica paisagem urbana de Palmas:
Em baixo à direita aparece parte de uma rotatória padrão - que conectam entre si as avenidas (há poucos cruzamentos entre vias principais organizados de outra forma). Observem 3 faixas de rodagem, sendo uma exclusiva para conversão à direita.
O principal eixo Norte-Sul é a Avenida Joaquim Teotônio Segurado, mais larga de todas e com 4 calçadas paralelas de concreto na sombra de árvores. As demais avenidas em geral também possuem boas calçadas, mas alguns trechos podem incomodar raros pedestres desta cidade. Os ônibus urbanos são todos novinhos e com ar condicionado.
Além da Praça dos Girassóis em Palmas há pelo menos mais um lugar imperdível: a Praia Graciosa. É a maior e a mais central das praias na represa Lajeado e no fim de tarde boa parte da população se refresca por lá aguardando o pôr-do-sol. Muitos se movimentam na água, na areia, nas ciclovias, nas "academias ao ar livre" etc.
E ao anoitecer o público lota bares e restaurantes com vista para imensidão da represa.
Ao norte este pedaço da orla é delimitado pela ponte da TO-080.
E ao sul por um grupo de altos prédios, talvez o mais expressivo na cidade toda.
Desta praia também saem embarcações que levam às mais pitorescas ilhas da represa, bem como restaurantes flutuantes e "flutuantes" de aluguel:
Estes barcos retangulares de dois decks funcionam como uma variante móvel de salões para festas - uma coisa típica e quase exclusiva de Palmas, cujos moradores e visitantes gostam de passar algumas horas em boas companhias curtindo as paisagens aquáticas do Rio Tocantins.
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A silhueta da cidade é muito memorável: um mar de verde com alguns "icebergs" de prédios que se esticam cada vez mais alto.
A serra que aparece no fundo começa a alguns quilômetros do arco rodoviário leste e também pertence ao município de Palmas cujo território é de 2219 km2 e estica-se a partir das margens do Rio Tocantins na direção leste. As maravilhas naturais deste pedaço podem ser apreciadas no modo de esticadas diárias, residindo na área urbana mesmo, ou com base em distrito Taquaruçu do Porto (30 km do setor Sul ou 40 do Centro). Mais longe nesta mesmo direção leste fica a imensa região de Jalapão com várias reservas naturais de importância nacional: 200-400 km de Palmas pelas estradas pavimentadas só na parte inicial.
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O aeroporto de Palmas PMW fica na periferia sul, entre a rodovia meridional BR-010 (neste segmento também TO-050) e o Rio Tocantins, quase 20 km distante do Centro. Opera desde 2001 e conta com ótimo terminal com capacidade de atender até 2,1 milhão passageiros por ano:
Mas o movimento anual ainda não chegou a mais de um terço deste limite - apesar da sua localização privilegiada - bem no centro geométrico (geodésico) do Brasil, ainda ninguém pensou em montar aqui um "hub" operacional. Entretanto, este modal já atende bem as necessidades da cidade e do estado: todas três empresas aéreas de abrangência nacional (
"AZUL",
"GOL",
"LATAM") operam aqui, conectando Palmas com São Paulo GRU, Brasília BSB, Goiânia GYN, Campinas VCP, Recife REC, Salvador SSA e Cuiabá CGB. Embora a recuperação e a ampliação dos voos regionais (dentro do estado de Tocantins) ainda estão pendentes.
O moderno Terminal Rodoviário de Palmas também se encontra no Setor Sul, ao lado da rodovia BR-010/TO-050 - aproximadamente no meio de caminho Centro - Aeroporto. Concentra tanto as linhas estaduais quanto interestaduais, que conectam Palmas com principais cidades dos estados vizinhos e com algumas outras capitais.
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Uma cobertura fabulosa sobre o Tocantins! Agradeço! Fiquei motivada a visitar essa região! 😀
ResponderExcluirRosilene, obrigado! Vale a pena mesmo, o grande rio Tocantins forma uma cadeia de represas coma esta e não só no estado do seu nome. Percebi que grande parte dos passageiros que desembarcam no aeroporto de Palmas seguem para Jalapão, como foi o nosso caso. Mas o estado de Tocantins tem também outras partes muito atraentes que visitaremos na oportunidade - os cantos sudoeste (Parque do Araguaia, Ilha do Bananal) e norte (encontro dos rios Araguaia e Tocantins). A cidade histórica de Porto Nacional também ficou de fora nesta vez...
ExcluirExcelente este passeio por Palmas relatado pelo Viktor.
ResponderExcluirAgradeço pelo apoio e pela participação heroica naquela aventura! Que saudade de Tocantins... Ainda estou devendo um "cartão de visita" referente a Jalapão, é para esta semana ainda. Acredito que ainda voltaremos lá, para conhecer outras parte das reservas naturais também. Talvez de outro jeito, sem passar pela Palmas na ida. :)
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