domingo, 21 de março de 2021

Empresa aérea "LATAM Airlines Brasil"

A atual "LATAM Airlines Brasil" é a cara nova da brasileira "TAM Linhas Aéreas" que desde meados do ano 2012 faz parte da holding "LATAM Airlines Group". Nos primeiros anos depois desta fusão a parte chilena (com suas subsidiárias na Argentina, no Peru, no Equador e na Colômbia) e a parte brasileira (com subsidiária no Paraguai) usaram suas marcas comerciais e identidades visuais tradicionais, e só a partir do ano 2016 começaram a implementação da nova imagem desta grande empresa aérea: 


LAN+TAM=LATAM    

Embora as datas de concepção e de nascimento desta marca são recentes (2012 e 2016 respectivamente), a sua origem é muito mais remota e a história do seu desenvolvimento é fascinante. 

A componente chilena, que prevalece agora na parte organizacional do conjunto, foi fundada em 1929 pelo Arturo Merino Benitez, então comandante da Força Aérea Chilena. Iniciou as operações como Línea Aeropostal Santiago - Arica e recebeu o nome de Línea Aérea Nacional de Chile (LAN Chile) em 1932. Até o ano 1989 seguiu como uma empresa estatal, depois foi privatizada e na virada do século iniciou a expansão para países vizinhos. 

A componente brasileira TAM, que contribuiu com maior parte das rotas e dos clientes, cresceu da forma mais explosiva. Surgiu em 1961, como empresa "Táxi Aéreo Marília" fundada por dez pilotos de aviões monomotores. Seis anos depois a sua sede mudou para São Paulo, e o modelo de negócios incluiu  transporte de malotes. Na década dos 1970 já operava frota bimotor, basicamente EMB-110 "Bandeirante" para transporte de passageiros (até 21) e cargas, e adotou a sigla TAM sem referência ao local de fundação. Nos anos 1980 começou a utilizar o "Fokker F27", um avião pressurizado de até 50 lugares, superando a marca de um milhão de passageiros transportados anualmente desde 1981. Em 1986 ampliou a sua malha para as regiões Centro-Oeste e Norte por meio de aquisição da companhia aérea regional "VOTEC". A partir do ano 1991 fez aposta no jato "Fokker 100" e em pouco tempo se tornou a maior operadora no mundo deste modelo com capacidade de até 100 passageiros e alcance médio. Em 1996 já operava em todo o território nacional e adquiriu a companhia "Lapsa" ("Líneas Aéreas Paraguayas") - posteriormente "TAM Mercosur" e na atualidade "LATAM Airlines Paraguai". Ainda nos anos 1990 iniciou atualização da frota para seu atual padrão A320 e iniciou operações internacionais, inclusive intercontinentais - com seus primeiros A330. Entretanto, nesta parte dos seus negócios sempre foi muito modesta e conservadora, mantendo forte preferência pelo mercado doméstico.  

O novo nome LATAM resultante da combinação das duas marcas nacionais apresenta também apelo à América Latina como um todo (em inglês: LATin AMerica), e de fato esta gigante sul-americana é de longe a maior companhia aérea da América Latina na atualidade, chegando a 74 milhões de passageiros transportados em 2019. E mais que isso: faz parte das 20 maiores transportadoras aéreas do mundo (fonte: https://www.aeroin.net/latam-20-maiores-empresas-aereas-mundo-2020-oag/), com centenas de modernos aviões de médio e longo alcance cuja capacidade de passageiros varia entre 144 e quase 400 lugares. Os Airbus A320 apresentados na colagem acima, com suas variantes mais longa (A321), mas curta (A319) e mais nova (A320Neo), compõem a maior parte da frota e são utilizados para voos domésticos e internacionais dentro do alcance deles. Os widebody B767, B777, B787 e A350 atendem rotas intercontinentais, algumas continentais e às vezes ajudam em rotas domésticas de maior demanda.     


Atuação no Brasil e no mundo

A ampla malha aérea da LATAM é composta por dois segmentos. O básico é nacional: no Brasil, no Chile e (antes da crise "COVID19") em mais 5 países sul-americanos  - dos mercados relevantes apenas Venezuela e Bolívia estavam de fora. 


Por cima deste ainda há ligações internacionais - tanto entre esses países sul-americanos quanto intercontinentais, essas últimas com origem basicamente em São Paulo GRU, em Santiago SCL e em Lima LIM: 


Nos últimos anos a sua participação no mercado doméstico do Brasil gira em torno de um terço - em relativo equilíbrio com "GOL" e com "AZUL", no Chile e no Peru mantém o pleno domínio (por volta de 60%), no Equador e na Colômbia também é relevante (20-27%). Já as linhas domésticas do Paraguai são de pouca relevância para aviões da sua frota, e a subsidiária argentina acabou de ser desativada em consequência das crises financeira e sanitária que atormentaram este país nos últimos anos.     

O site oficial - "LATAM Airlines Brasil"

Apresentação atualizada em 20.03.2021.


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Notícias relevantes

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"...A LAN ARGENTINA SA deixará de voar de e para 12 destinos domésticos após 15 anos de operação ininterrupta. No entanto, os quatro destinos internacionais que a LAN ARGENTINA SA atendeu em conjunto com outras subsidiárias nos Estados Unidos, Brasil, Chile e Peru continuam a ser operados pelas demais subsidiárias do grupo."
De fato esta decisão foi tomada ainda em 17.06.2020, e agora foi concluído o Programa de Demissão Voluntária.

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18.02.2021. Suspensão de 5 rotas intercontinentais até 30.10.2021 -https://www.aeroin.net/latam-suspende-5-rotas-de-longo-alcance-ate-outubro-4-delas-partem-do-brasil/
"Num contexto em que o mercado internacional demorará a se recuperar devido às contínuas restrições governamentais à circulação de pessoas, a LATAM decidiu remanejar uma série de destinos de longa distância onde a demanda é considerada baixa. ...a companhia aérea informou que, entre 28 de março e 30 de outubro, suspenderá as seguintes rotas:
– Lima para Barcelona
– São Paulo para Barcelona
– São Paulo para Joanesburgo
– São Paulo para Milão
– São Paulo para Tel Aviv
De qualquer forma, as vendas estão encerradas para esses voos e, originalmente, era esperado que pudessem retornar no meio do ano. O retorno a esses mercados dependerá da evolução da situação a nível regional e global. A empresa confirmou que os passageiros atingidos terão proteção para não perderem os seus bilhetes com a possibilidade de viajarem através de outra empresa."

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09.03.2021. Estatística operacional da "LATAM" - ano 2020 - http://www.latamairlinesgroup.net/static-files/f9cdaaa6-f011-42e3-85da-2035c2e2f313
Receita US$ 4,334 bi (-58,4% em comparação com 2019)
Despesas operacionais reduzudas em 38,1%
Perdas operacionais no ano US$ 1,665 bi
Perdas totais no ano US$ 4,545 bi
28,3 milhões de passageiros transportados (-61,9% em comparação com 2019)
Redução anual em "RPKs" (passageiro pago por quilômetro): 65,8%
Taxa de ocupação 76,5% (em 2019 foi 83,5%)
Distância da rota média sofreu redução de 10,3% na contagem anual e 22,5% no último trimestre - até 1236,3 km.

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12.03.2020. Resultados operacionais de fevereiro de 2021: 
2292 mil passageiros transportados (-64,8% com relação ao fevereiro de 2020 e -59,9%  com relação ao fevereiro de 2019), inclusive
153 mil em voos internacionais  (-88,2% com relação ao fevereiro de 2020 e -89,2%  com relação ao fevereiro de 2019) e 
1268 mil em voos domésticos no Brasil (-54,2% com relação ao fevereiro de 2020 e -42,3%  com relação ao fevereiro de 2019.)
Neste mês de março a LATAM opera com até 35% da sua capacidade "...Ao todo, as filiais do Grupo LATAM devem operar diariamente 675 voos domésticos e internacionais em março de 2021, alcançando 115 destinos em 16 países. ...No Brasil, especificamente, a LATAM prevê operar em março de 2021 até 345 voos domésticos por dia, além de 11 rotas internacionais. No País, a companhia projeta operar até 39% da sua capacidade total (65% do doméstico e 16% do internacional), em comparação com o que operou em março de 2019, antes da pandemia de COVID-19."

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14.03.2021. Adiamento de reinício de voos de São Paulo para Paris e para Boston - https://www.aeroin.net/latam-adia-reinicio-de-voos-para-boston-e-paris/
"...no próximo dia 5 de junho, ela pretende retomar as operações entre São Paulo e Paris com quatro voos semanais, enquanto que os voos a Boston têm a data de reinício agendada para 1º de julho, três vezes por semana. Todo esse cronograma está sujeito a alterações, pois dependerá da evolução da pandemia, das restrições de viagens impostas pelos governos e de seu impacto na demanda."

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