sábado, 13 de março de 2021

Uma jornada intercontinental entre ondas do infodemônio "COVID-19"

Viagem a dois em setembro-outubro de 2020 - detalhes da parte aérea


Resumidamente, pretendemos chegar à Rússia (São Petersburgo) no dia 1 de maio pela rota GRU-AMS-LED da "KLM", e retornar 30 dias depois de Moscou com "Air France": SVO-CDG-GRU, de acordo com passagens que compramos desta última. E conseguimos mesmo passar 4 semanas no nosso país de origem, mas com adiamento por quase quatro meses e meio e voando com "British Airways" via LHR, eliminando São Petersburgo LED do roteiro e trocando o aeroporto em Moscou de SVO para DME: 


Tamanho de modificações na nossa ponte aérea acusa certo dramatismo, e, realmente, a experiência desta jornada merece ser compartilhada com alguns pormenores.  


1. Planos iniciais e correções forçadas

Viagem pela Rússia em maio de 2020 com nossos amigos brasileiros foi planejada desde início de 2019, e depois dos 18 dias de passeios em grupo pretendemos ficar lá por mais 12 - para visitas familiares, encontros com velhos amigos e resolução das pendências burocráticas acumuladas nos últimos anos. Por causa dos bloqueios aéreos, quarentenas e "lockdowns" que desabaram sobre este planeta desde o fim de março, em abril tivemos que cancelar todas reservas em hotéis (sem custo) e devolver passagens de trens (com pagamento de pequena tarifa e algumas perdas cambiais). Enquanto o maior investimento - passagens aéreas internacionais - ficou congelado na forma dos "vouchers", valendo por um ano apenas para compra de novas passagens da "Air France - KLM" e, se não forem usados, reembolsáveis só em maio de 2021.   

Nestas circunstâncias tivemos que aderir à nova moda e rodamos a nossa programação turística em maio de 2020 na forma de "trabalho à distância": 
Rússia-2020, viagem virtual: 4 dias em São Petersburgo
Rússia-2020, viagem virtual: 5 dias em Moscou
Rússia-2020, viagem virtual: 2,5 dias em Volgogrado
Rússia-2020, viagem virtual: 3 dias em Samara

Espero que não seja em definitivo, pelo menos para alguns integrantes do grupo, mas o retorno ao modo presencial nesta parte ainda não está em pauta, pelo menos antes do ano 2022. Mas a parte mais particular deveria ser resolvida o mais breve possível, portanto ficamos à espreita do reinício de voos com passageiros entre dois países. 


2. Aguardando a nossa vez

Tecnicamente, a impossibilidade de viagens aéreas entre Brasil e Rússia durou de 27 de março até 31 de julho de 2020, de acordo com um decreto de governo da Rússia que proibiu o transporte aéreo internacional inicialmente até 30 de abril, e depois tinha três prorrogações mensais. Embora as medidas do governo do Brasil no mesmo período não chegaram a ser simétricas, e de fato, além dos voos entre São Paulo e vários "hubs" do Velho Mundo em fequência reduzida, até houve voos regulares entre Moscou e algumas capitais europeias, mas de frequência menor ainda e com venda de passagens muito restrita (viagens governamentais, repatriação etc.), portanto sem conexões. Além disso, alguns voos diretos das empresas aéreas "charter" foram organizados para retorno dos turistas que ficaram "ilhados" por causa dessa repentina destruição do sistema de transporte aéreo internacional, mas para nós esta solução não foi aplicável. Portanto esperamos até agosto, quando o tal decreto do governo da Rússia finalmente caducou e as companhias aéreas ficaram livres para reiniciar operações regulares com passageiros, e  redobramos a atenção no monitoramento das rotas do nosso interesse.  

           

3. Blefe da "Air France" e compra de novas passagens aéreas

O website da "Air France" ainda em maio - julho estava vendendo passagens de São Paulo GRU até Moscou SVO com conexão em Paris CDG, ou mesmo até o nosso destino final Samara KUF com conexões em CDG e SVO, simplesmente apostando em não prorrogação para próximo mês do decreto que proíbe voos internacionais. E no fim de cada mês rolaram novos ajustes do plano de voos, com cancelamentos e com emissão dos novos "vouchers" para quem comprou essas apostas. Finalmente, em 1 de agosto não houve mais motivos formais para cancelar voos entre CDG e SVO, e o referido website mostrou em tempo real 2 voos: "atrasado - decolou - voando - chegou". O mesmo ocorreu nos dias seguintes e  no terceiro dia dessa maravilha acreditamos na recuperação da nossa rota aérea e trocamos "vouchers" (no valor de um pouco mais de R$ 8 mil) pelas passagens GRU-CDG-SVO-KUF e volta, pagando no cartão de crédito a diferença de R$ 1,6 mil basicamente pelos trechos internos na Rússia incluídos só agora. Ida no dia 3 de setembro e retorno um mês depois.

Dez dias antes de partida a "Air France" informou por e-mail e por SMS sobre cancelamento do nosso trecho CDG-SVO no dia 4 de setembro e necessidade de alterar as datas. Ligamos para telefone informado e acertamos adiamento por dez dias - para 13 de setembro. 

Mais um aviso de cancelamento do trecho CDG-SVO recebemos com antecedência menor - só de uma semana, e nesta vez não sentimos pressa em falar com "Air France" por telefone. Em vez disso, verificamos o status daqueles voos AF1454 e AF1654 pelos websites de monitoramento, a saber: flightrdar24 e flightaware. E descobrimos um tremendo blefe: entre 1 e 26 de agosto a empresa aérea mostrava em tempo real 52 operações CDG-SVO-CDG simplesmente fictícias. E ainda deixava em exposição no seu website essas mentiras por todo tempo de visibilidade dos voos realizados (alguns meses). De fato ela recomeçou voos neste trecho só no final de agosto, e só uma vez por semana, com partida de Paris tão cedo que conexão de São Paulo continuava impossível. Portanto descartamos este parceiro por tempo indeterminado e devolvemos passagens solicitando reembolso integral por cancelamento de voo.  

A substituição não foi fácil, mas já aprendemos com experiência anterior e começamos consultar os fites de monitoramento antes de buscar passagens. E observamos que maioria de voos entre GRU e antigos pontos de conexão já estava operando com frequência razoável, pelo menos metade da normal antes da crise "COVID-19". Mas entre esses pontos de conexão e Moscou as frequências estavam baixas ou nulas, com exceção de Istambul IST: a "Turkish" já recuperou todos 4 horários por dia. Mas justamente esta empresa ainda estava sem operações para Brasil. Finalmente encontramos uma possível solução: "British Airways" com voos diários entre Londres LHR e São Paulo GRU e 3 voos semanais entre Londres LHR e Moscou DME com horários perfeitamente compatíveis na ida e na volta. 

Tentamos comprar passagens no website desta empresa aérea, mas recebemos negativa para tal conexão - somente passagens de ida e volta para(de) Londres foram disponíveis na nossa rota. Mas tais conexões apareceram nos sites de busca de passagens, como "Skyscanner", bem como nos sites "agregadores" de venda de passagens de várias companhias aéreas (inclusive combinando trechos de diferentes). Alias, para datas de setembro já houve também passagens da "QATAR" por preços menores e até com 2 malas incluídas, mas o próprio website da empresa mostrava status "Cancelado" para todos voos entre Doha e Moscou até o dia. Assim resolvemos focar na "British" e pesquisamos várias ofertas antes de fechar o negócio com o https://123milhas.com/ que cobrava taxa de serviço menor e já foi testado e aprovado em outas oportunidades. No total as 2 passagens com taxas ficaram em quase R$ 9 mil - sem possibilidade incluir trechos entre Moscou e Samara no mesmo bilhete. Mas com expectativa de encontrar soluções econômicas na chegada em DME. Partida em 12 de setembro (um dia antes do último cancelamento da "Air France" e retorno em 12 de outubro, acertando este apenas 5 dias antes do primeiro voo. E  depois disso nada de novas confusões, tudo correu quase como em bons tempos.       


4. Partida de São Paulo GRU (12.09.2020)

Ainda em preparativos para voos com conexão em Paris atendendo uma das exigências da "Air France" compramos um pacote das máscaras descartáveis de padrão "cirúrgicas". Encomendamos pela internet, já que nas farmácias só encontramos máscaras descartáveis sem esta palavra-chave que era necessária para ser admitido no bordo (portando pelo menos uma máscara para cada 3 horas de voo). O uso de máscaras artesanais ou de descartáveis "não cirúrgicas" poderia implicar na recusa de embarque sem reembolso de passagens - um verdadeiro terror psicológico! Considerando o preço das passagens, a empresa aérea em vez de mandar mensagens grossas aos passageiros simplesmente deveria providenciar esses acessórios e entregar no embarque junto com aqueles saquinhos de álcool em gel. Alias durante a nossa estadia em Samara assistimos um jogo de futebol no estádio "Arena Samara " (palco do jogo Brasil - México na Copa-2018), e as máscaras foram incluídos no preço dos bilhetes que valeram por volta de 20 reais.     
 
A empresa aérea britânica foi muito mais tolerante com modelos de máscaras, muitos passageiros usaram bem caseiras, mas mandou avisos sobre necessidade de testes negativos de COVID-19 com antecedência de no máximo 72 horas antes do primeiro voo. Providenciamos isso, e 24 h antes do voo conseguimos fazer "check-in". Mas a impressão dos talões de embarque foi bloqueada e recebemos mensagem de retirada obrigatória no balcão pelo menos 2 horas antes do voo, mesmo sem bagagem para despachar.

Chegamos no aeroporto com reserva de quase 3 horas, logo fomos atendidos no balcão e descobrimos o por que desse baile: enquanto o website de "Air France" comportava dados de pelo menos dois documentos por passageiro, o da "British" permitia informar apenas um. Mas nas circunstâncias de "COVID-19" a empresa só entregava talões de embarque para quem apresente documentos validos para entrada "emergencial" no país de destino, portanto seus funcionários adicionaram dados no sistema interno pessoalmente. Só precisamos mostrar todos nossos passaportes mesmo e recebemos talões de embarque, já os resultados dos testes de "coronavirus" ninguém pediu nem neste ato nem no embarque. Controles de segurança e de passaportes andaram bem rápido, e agora já estamos aguardando o embarque:   


Nestes tempos de pânico generalizado a ala internacional do mais movimentado aeroporto da América do Sul estava inacreditavelmente vazia, e a o painel de embarques curto como que fosse em algum aeroporto regional de pouca importância.


Pela segunda vez perdemos oportunidade de testar o А350! Há dois anos tivemos passagens com trecho MAD-GRU operado com este modelo, mas justamente no dia do nosso voo a LATAM trocou o equipamento para um B777 banal. E nas nossas passagens de "Air France" para dia seguinte (ou para dia 3 de setembro antes de alteração) constava exatamente este voo AF-457 operado com avião idêntico a este. Mas por cancelamento de outro trecho desta empresa aérea voaremos hoje e com outro avião - da concorrência, que decola 20 minutos depois deste.   

Alias aqui já aparece a cauda dele, e até a matrícula: G-ZBKL.


Nos fundos podemos ver um B747-800 da "Lufthansa" que parte para Frankfurt 3 horas mais tarde, e um В-777 da "Emirates" (na margem esquerda) que aguardará seu voo para Dubai na madrugada de amanhã. Este modelo e nesta rota já encontramos em 2014, mas por depois disso por alguns ele foi substituído por A380 que em sua vez agora ficou grande demais. 


Bem, este será a nossa quase novidade de hoje - um В787-9 (já conhecemos o seu irmão -8), e atrás dele há mais um avião com saída nesta tarde - А330 da espanhola "Air Europa". Além deste quarteto Paris - Londres - Frankfurt - Madrid hoje haverá também voos para Amsterdam e para Lisboa, e só isso para Europa toda. Mais 3 voos de 3 companhias diferentes para diferentes cidades dos EUA completam a programação internacional de hoje. Considerando que GRU concentra nestes dias quase todos voos internacionais do Brasil, a sensação é de catástrofe aérea.

...A porta foi fechada no horário, e logo começamos taxiar para pista de decolagem, observando que o avião francês ainda está parado no gate. Era de esperar: a admissão ao bordo por lá andou devagar e com grande tumulto por causa das exigências maiores de papelada (declarações de "viagem emergencial" etc.). Talvez contaram também reservas de máscaras de cada passageiro e criaram encrencas com alguns. Mas no nosso caso rolou tudo normal e até melhor que antes - chamaram passageiros em sequência de pequenos grupos, por faixas de 3-4 fileiras. Espero que essa moda pegue bem. Os resultados de testes de "coronavirus" não foram requisitados, mas ninguém ficou triste com isso. 

Decolando em frente do Terminal 3 (único internacional na atualidade), com vista para cauda do A330neo da TAP, portanto entre europeus de hoje faltou só o B777 da "KLM" que deve chegar daqui a duas horas.

Seguindo da direita para esquerda:


- Asa direita do Terminal 2 ainda no início do ano 2020 estava dividida em partes doméstica e internacional, e agora só serve voos internos da "LATAM", mas já é bastante requisitada.
- Asa esquerda parece mais vazia, mas isso pode ser explicado pelo agrupamento da]os voos da "GOL" em determinadas horas. A "AZUL" também deveria estar aqui.
- Hangares de cargas, o mais próximo serviu por anos como um terminal de passageiros das empresas menores e "lowcost"  -inicialmente sob No.4 e depois renumerado em No.1 Mas desde o início desta crise ficou vazio, e seu futuro está incerto.  O avião da "Turkish Airlines" parado aqui é cargueiro, os voos de passageiros desta empresa entre Istambul e São Paulo voltarão cinco semanas mais tarde.  

Nas próximas duas horas voamos sobre interior de quatro estados brasileiros e observamos alguns lugares interessantes, o que merece reportagem especial em anexo No.1: Brasil visto de altitude 12-13 km: voando sobre SP-MG-BA-PE de Boeing-787


...Lotação da classe econômica er por volta de 70%, houve apelos frequentes para manter cintos afivelados e  não levantar dos assentos sem extrema necessidade. O jantar servido na penumbra foi pequeno frio e sem sabor, provavelmente desinfetado demais. Apenas pela forma reconhecemos salada, lanche e sobremesa, mas houve também dois itens verdadeiros: o vinho italiano e a água que contribuíram para manutenção da nossa vitalidade.   

Dormir com máscara foi quase impossível, este bicho cirúrgico é sufocante mesmo. E deslocamento do tecido para baixo do nariz forçava demais as orelhas, o que também impedia bom relaxamento. Fomos salvos por outas máscaras - de dormir, que guardamos desde voos com "Emirates" e com "Turkish" (foi uma cortesia muito útil). Estas sim, são confortáveis e não usam orelhas como elemento estrutural, portanto adicionamos máscaras novas como extensão do tipo véu sobre nariz e boca e conseguimos descansar bem...     


5. Conexão em Londres LHR conforme às passagens (13.09.2020)

Neste voo de quase 12 horas houve também segunda refeição - um pouco antes de sol nascer. O formato foi mesmo, mas no lugar do vinho veio café solúvel de baixa qualidade, portanto piorou um pouco. Mas em compensação os lanches serviram aquecidos, e no lugar de salada sem sabor entrou mirco-embalagem de iogurte brasileiro - bastante natural. 

E logo por baixo da nossa asa direita apareceu a Inglaterra:  incialmente Ilha Wight, depois ilhas menores ao leste de Portsmouth (Hayling Island - Thorney Island), e a seguir a própria ilha principal de Grã-Bretanha (a antiga Albion) com seus nevoeiros de plantão. 


O início de descida promete: pouca nebulosidade e o sol já-já deixará tudo bem iluminado. 


Como manda a tradição, o sol aparece do lado leste. Justo no momento de início da nossa manobra para fugir dele e deixar a foz do rio Tâmisa para trás. 

Na sequência teremos muitas fotos da cidade de Londres, que junto com seção dois realizada em voos de volta formaram o anexo especial No.2: Vistas de Londres com distanciamento (anti-)social


Desta distância a metrópole inglesa pareceu bem pacífica. Mas o aeroporto observamos mais de perto, e logo tivemos sensação de não-conformidade:
 

Um grupo de aviões В747 já retirados da frota "British Airways" mas ainda não entregues aos compradores - isso é normal. Mas a área que parece um grande estacionamento para carros particulares agora está ocupada pelas tendas e barracas que lembram um hospital de campanha. Ou talvez um campo de concentração para desinfecção dos passageiros vindos de fora da Europa?


Mais um grupo de aviões da "British" desempregados por algum tempo ou para sempre.


E aqui discretamente aparece um "Concorde", estacionado como que fosse entre voos. Mas na verdade  só serve aqui para demonstração aos passageiros que pousam nesta pista deste lado e olham pelas janelas do lado direito.   

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Chegada do nosso voo ВА-246 no horário assegurou a reserva de 1 h e 50 min. até a partida do ВА-233 para Moscou. Embora a admissão ao bordo começava 1 hora antes, os 50 minutos também era bom demais, considerando chegada e partida na mesma parte do terminal - 5C. Mas a (des)organização inglesa na época do "COVID-19" ajudou gastar todo este tempo para deslocamentos inúteis e formalidades desnecessárias.  

Ocorre que este novo Terminal 5 é composto de 3 ilhas: 5А, 5В e 5С colocadas em linha e ligadas por um túnel de dois ou mais níveis. Os painéis de informação com números de voos de conexão para passageiros que desembarcam de cada avião mandam todos para ilha principal - 5A, acessível por um VLT automático de 3 vagões. E apenas lá existe um "ponto de fronteira" entre zonas de chegada e de partida, passagem entre quais inclui escaneamento geral das pessoas (100% descalças!) e da bagagem de mão. Na falta de armas e explosivos os fiscais confiscam bebidas alcóolicas que alguns passageiros ingênuas acabaram de comprar nas lojas "Duty Free", e tudo isso com organização precária e muito demorado. Portanto gastamos metade dos nossos 50 minutos para passar tal barreira e ganhar acesso a outro painel de informação que mandou pegar o nosso voo de novo naquela ilha 5C, voltando com o mesmo VLT. Nem pensam que adivinhando bem o gate de partida pode driblar esse "ponto de fronteira" e fazer uma viagem de ida e volta no VLT sem desembarque na ilha 5A. A maior parte do ciclo operacional desse VLT consiste em verificação de esvaziamento dos vagões pelas portas do lado de desembarque antes de abertura das portas de outro lado para embarque. Ou seja, não há condutor aparente deste transporte, mas há monte de fiscais que reduzem a frequência da sua circulação em muitas vezes. Em caso de volta de bom tráfego de passageiros o sistema não dará conta, portanto o andar pedestre do túnel entre ilhas do Terminal LHR-5 será muito requisitado.     
  

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Ainda bem que não enfrentamos nenhum controle adicional de "coronavirus", portanto dentro dos 50 minutos de novo estamos em frente ao avião que nos levou do Trópico de Capricórnio até aqui. 


Atrás dele aparece a idêntica ilha 5B, sobre a qual pode ser visto o telhado da parte principal deste terminal, denominada 5А. Acabamos de rodar tudo isso para satisfazer os caprichos ingleses, e agora temos que localizar neste bloco 5С o nosso gate de partida, o seu número finalmente foi divulgado e entendemos que deve ficar no lado oposto do bloco.  

Aqui está, mais um В787 ao nosso serviço, mas nesta vez -8 e não -9 (2-3 fileiras mais curto). Admissão ao bordo uma hora antes não aconteceu, mas 50 minutos antes sim, chamaram a nossa galera dos fundos - ultimas 5 fileiras. E depois rolou mesmo procedimento fracionado, até a ponta do nariz 


Portanto o distancionamento social nesta parte do Terminal funcionou bem melhor que nas outras.  

Mas na classe econômica do avião nada disso: 100% de lotação, todos em máscaras e bem juntinhos. 

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Taxiando para pista de decolagem.


Na chegada foram vistos só aviões da principal companhia aérea inglesa, e aqui  podemos ver os visitantes frequentes do aeroporto Londres LHR: EUA, Singapura, Austrália, Canadá - máfia do império Britânico que atua na clandestinidade há décadas. 


Aqui estão os mais exóticos, começando com "LATAM" e mais alguns aviões caseiros. 


Até parece uma fila para decolagem, mas bem mais curta do que antes do "pandemônio". 

Decolando! Ao longo do estacionamento bem cumprido.


Provavelmente, as vagas no fundo via e regra estão ocupadas, e esses carros das locadoras na parte de frente costumam faltar. 

Só a parte mais próxima à saída está ocupada, como era de esperar para atual intensidade operacional do aeroporto - entre 25 e 30% da sua capacidade. 


Os prédios amarelos do formato escolar possuem janelas muito pequenas, como em presídios. Conferindo pelo mapa: é algo desse gênero mesmo - Colnbrook Immigration Removal Centre.


O rodoanel de Londres - M25 London Orbital e seu trevo com rodovia M4


Uma manobra na subida permitiu ver o aeroporto todo.


Mas agora o sol esta do nosso lado e as vistas da cidade de Londres do lado norte foram muito vagas, apenas conseguimos identificar a posição do Centro pelas curvas do rio Tâmisa.

E nada de fotos em voo de cruzeiro nesta vez - sol do lado e nuvens em baixo desencorajaram completamente. A diversão em voo ficou por conta dos formulários de tamanho A4 - de um lado em russo e de outro em inglês. Era necessário preencher qualquer um com dados de voo, poltrona, endereço de residência ou hospedagem na Rússia, existência ou não de sintomas do "corona", resultados dos testes recentes se tiver, termo de compromisso para fazer novo teste em até 72 h depois de chegada...

A ração aérea foi idêntica à do primeiro voo, com adição das garrafinhas com 250 ml de água mineral - para minimizar novos pedidos de água e novas aproximações entre tripulantes e passageiros. 


6. Conexão improvisada em Moscou DME e voo para Samara KUF (13.09.2020) 

Quase quatro horas sobre nuvens, e só na descida para aeroporto de chegada perfuramos este tapete branco e cinza e temos vista do planeta Terra de novo. O nosso lado direito permite ver periferia norte de Moscou, depois seguimos por fora do rodoanel no sentido horário: nordeste, leste, sudeste...   


Aqui encontramos uma causa local de congestionamentos nesta ampla rodovia: 


Um Shopping Center especializado em artigos para sítios e áreas de lazer, superlotado em pleno domingo de "coronavirus".

A melhor imagem aérea de Moscou nesta vez foi esta: 


Até os arranha-céus de "Moscow City" aparecem por baixo da asa, e mais à direita a própria torre "Ostankino" - tudo na distância de dezenas de km deste bairro Brateevo.
 
Agora já estamos do lado sul de Moscou, bem próximo ao aeroporto. Uma manobra para esquerda e começa a descida final em linha reta para pista de pouso - em paralelo à rodovia М4 congestionada por outra razão - retorno para metrópole no fim do final de semana. 


Alguns condomínios de sobrados invadindo a zona rural próximo à rodovia e um aeroporto corporativo nos fundos - Ostafievo OSF que pertence à gigante energética "Gazprom".  


Rio Pakhra e cruzamento da nova M4 com uma estrada mais antiga que segue na mesma direção sul. 


Já taxiando para terminal, parece que este estacionamento de aviões é de "permanência longa". 


Aqui nos fundos também - só aviões em cores as empresas já falidas. Lembro eles em atividade na minha última passagem por aqui, há nove anos.

Desembarque sequencial, e a nossa fileira é penúltima. Mas foi bastante rápido. Controle de passaporte também sem demora...

E depois uma novidade - barreira dos "astronautas" em trajes brancas de proteção bioquímica e capacetes de cinema. Sem conversas, apenas pegam aqueles formulários A4 e jogam nas caixas de papelão sem olhar.  Passamos! 

Por volta das 15 h de Moscou estamos no saguão de check-in do aeroporto Moscou Domodedovo (DME) querendo mais um voo: onde vendem as passagens? 


Aqui não, é uma exposição dos carros antigos com anúncios da "Citroën". Mas logo atrás da divisória azul encontramos: hoje daqui para Samara KUF ainda haverá mais 3 voos. Primeiro da "S7" já em breve terminando o check-in, Uma hora depois dele "Smartavia", e na tarde de noite de novo "S7". Optamos pelo segundo, para ter um tempinho a mais e avisar nossos familiares em Samara sobre horário de chegada. O preço da "Smartavia" também foi bem econômico apesar de necessidade de despachar uma das nossas três bagagens de mão ("British" permitia 2 para cada passageiro). 

Em toda esta movimentação reparamos que nesta parte do aeroporto o uso de máscaras é muito raro, quase que serve como identificação dos seguranças. Que surpresa relaxante! 

O wi-fi gratuíto do aeroporto DME só pode ser acessado com código de confirmação e este ele manda só pra telefones om númerosе +7.......... Os nossos +55..... não serviram neste caso, portanto gastamos algum dinheiro para tomar ótimo café expresso e conversar com nossos sobrinhos em conforto dessa cafeteria.

Controle de segurança no acesso à área de embarque foi mais aparelhado do que em Londres, mas organizado do jeito GRU, sem confusões e estresses, bem rápido.  Embora nas passagens constava obrigatoriedade de máscaras e luvas, nem pensamos em comprar esse último item ao ver que há poucas pessoas de máscara por aqui. E deu certo: dentro do avião (B737-800 lotado) os mascarados foram em grande minoria e ninguém estava de luvas. 

Às 17:15 chegando de ônibus ao nosso estacionamento remoto de "lowcost" :


Nuvens engrossam de vez e começa escurecer, a chuva começou logo depois que entramos no avião. Voo tranquilo de uma hora e meia, com serviço de bordo limitado à água. Mil quilômetros na direção leste  significam despedida acelerada com dia de hoje e mudança para mais uma faixa de fuso-horário, sétima desde começo da nossa jornada ontem. 

Descida e aterrisagem quase imperceptíveis, já taxiando e logo parando. Aqui não chove e há ponte de desembarque. Porta aberta! Desembarque por fileiras, mais rápida que nossas outras de hoje. A bagagem despachada aparece logo e agora estamos apreciando o novo terminal KUF, é muito agradável. Wi-fi livre mesmo: código de confirmação recebido no nosso +55... Mas nem precisamos, o nosso sobrinho já está aqui e a sua nova "Toyota Hilux" também pertinho. Será que ele esperava passageiros com muitas malas?  Uma hora de rodagem até o apartamento do irmão dele onde teremos um pequeno evento de recepção e onde será a nossa base principal pelas próximas quatro semanas...    


7. Legalização na Rússia (14-15.09.2020)

Aquela recepção nesta vez ainda não foi parte final da jornada de ida por causa de compromisso assinado de fazer novos testes PCR de "coronavirus" e enviar resultados via webportal "Госуслуги" (pode ser lido como "Gosuslúgui" e entendido como "Serviços do governo federal"). O prazo de 72 horas já andava, e dedicamos boa parte da segunda feira a este assunto, junto com o nosso anfitrião que também voltou do exterior no domingo depois de uma competição de iatismo na Turquia. No bairro dele encontramos vários laboratórios credenciados, agendamos atendimento em um deles, e no início de tarde concluímos parte física de testagem (por preço compatível com aquele que pagamos por teste no Brasil). 

A parte burocrática deu mais trabalho, embora recebemos resultados (negativos) por e-mail na mesma noite. Antes de envio neste portal é necessário criar perfil de usuário, com exigência de um número de telefone celular, de novo no formato +7.... Neste dia compramos apenas um chip SIM da operadora local, pensando que por um mês servirá a nós dois, já que podemos usar o wi-fi à vontade praticamente em todo lugar. E só deu para cadastrar um perfil, segundo com mesmo número de telefone este portal não aceitou, e deixamos tudo resto para amanhã. 

Na terça-feira compramos mais um chip, cadastramos segundo usuário do portal e batalhamos mais algumas horas com "upload" dos arquivos. Até visitamos um centro com atendimento presencial do gênero "poupa tempo", mas por lá só conseguimos registar que já tentamos submeter resultados dentro do prazo, para não levar multa depois. Na volta para apartamento tentamos mais uma vez, e de repente tudo funcionou. Guardamos nossos recibos eletrônicos e começamos pensar em outras coisas...  


8. Partida de Moscou DME (11.10.2020)

A nossa jornada aérea de volta foi menor: o trecho doméstico entre Samara e Moscou nesta vez preferimos fazer de trem, dois dias antes de voos DME-LHR-GRU com "British". Mas na própria capital só passamos 12 minutos: ao desembarcar no terminal ferroviário "Kazanskiy" andamos pela plataforma até caixas automáticas dos trens suburbanos, compramos passagens e embarcamos na próxima composição para recuar 46 km pela mesma ferrovia e visitar nossos amigos na cidade Ramenskoe (Раменское). No dia de voo tivemos carona até aeroporto, e o carro nem passou perto de Moscou seguindo uma rota bem mais curta entre rodovias radiais sudeste e sul.

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O check-in pela internet abriu 24 h antes do voo e logo confirmamos embarque para ambos os trechos: DME-LHR e LHR-GRU. Mas nem pensamos em imprimir talções de embarque, desde início optamos pelo recebimento no guichê.  

Ao chegar no guichê de check-in 3 horas antes de voo encontramos uma pequena fila, mas o atendimento foi rápido, e logo recebemos nossos talões. A atendente olhou no sistema e perguntou se nós realmente temos passaportes brasileiros que constam lá. Respondemos que sim e até mostramos capas, para grande alívio dos desconfiados. Houve uma pequena implicação com nossas bagagens de mão, mas percebemos ausência dos gabaritos para medição e amigavelmente explicamos que em dois voos da "British" na ida tudo isso perfeitamente passava nos gabaritos, e passaria aqui também caso eles saibam medir.   

Triplo controle de acesso à zona de embarque: segurança - alfândega - passaporte, tudo rápido e eficiente, sem estresses. O agente da alfândega perguntou sobre qtde. de dinheiro em espécie nos nossos bolsos e informamos números aproximados sem parar no guichê dele. Agora só esperar informação sobre gate de embarque, nos tempos de COVID-19 estes anúncios ocorrem com pouca antecedência - para enganar o invisível "corona" que anda pelo aeroporto pensando em pular para dentro de algum avião.

O aeroporto é bastante vazio, portanto obra da terceira asa com pontes de embarque já na fase final simplesmente surpreende


Neste dia mais de metade de voos internacionais daqui têm como destino o balneário Antalya e seus vizinhos na Costa Mediterránea da Turquia (7 partidas). Somando 3 voos para Istambul, a Turquia concentra 10. Capital de Tadjiquistão (Dushanbe) também se destaca - 3 voos neste dia. Mais voos para Fergana (Uzbequistão) e para Osh (Quirguistão) e a Ásia Central consolida segunda posição com 5 frequências. Yerevan (capital da Armênia) conta com 2 voos, também é bom. No fim da tabela apenas Chisinau (Moldova), Londres e Frankfurt tentam defender a honra da Europa com um voo cada. 


Pela primeira vez vejo um avião de Tadjiquistão! É do mesmo modelo B737-800 que compõe quase toda frota da "GOL".

Ao lado dele estacionou o A321 da "Pegas" (Turquia).


E agora já chega o nosso inglês. Desta posição deu para acompanhar o fluxo de desembarque e percebemos que veio lotado até o limite de novo. 

Mais meia hora para limpeza e desinfecção, e começa o embarque - de novo a partir da cauda. 

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Agora já olhando pela janela do avião: 


Chama atenção a cor verde brilhante dos aviões da "S7", a maior empresa aérea no mercado doméstico da Rússia no últimos anos. E em especial aquele menor qua está na margem esquerda - "Embraer-170" que reforçaram esta frota um pouco antes da atual crise e ajudaram manter operações em várias rotas que sofreram retração da demanda. Atrás da asa esquerda do outro avião verde identifiquei dois "Embraer-145".     

As principais operadoras de DME na atualidade são estas: 


Além da referida "S7" a "Redwings" também é bastante ativa. Alias, a "Smartavia" que testamos na ida daqui para Samara trabalha em parceria com esta última.


Já estamos taxiando, passando perto daquele estacionamento de desembarque e embarque da "Smartavia". 


Vista para uma das asas do Terminal, "Ural Airlines" completa trio das principais operadoras deste aeroporto.  Atrás dele mais um representante da ex-USSR - avião da  "Air Moldova".

...Ainda no caminho para pista de decolagem:


Estes ônibus de largura exagerada e com rodas escondidas parecem veículos do futuro que flutuam sem contato com o chão. Um dos três aviões representa mais uma empresa aérea relevante - "Rossiya". 

E mais um trio com dois aviões da "S7" e uma curiosidade local: 


No meio está um SSJ-100, o mais moderno jato de passageiros desenvolvido e fabricado na Rússia, com capacidade de um Fokker-100 e alcance muito maior.

Agora decolando. E logo uma manobra que deixou ver o aeroporto já por baixo das nuvens.  


Com aumento de altitude de novo perdemos contato visual com terra da Rússia, só nuvens densas quase até a costa do Mar Báltico. 

Na segunda parte do voo foi possível identificar alguns lugares nas margens deste mar e do Mar do Norte:


Em cima: Rio Venta (Letônia) e praias de Ziemupa (também Letônia), à direita do mapa Ilha Eland e parte da Península Escandinava (Suêcia). Em baixo: (1) Fiorde de Flensburg (Alemanha - Dinamarca); (2) Foz do rio Eider e cidade Heide (Schleswig-Holstein, Alemanha); (3) Ilhas Juist - Norderney - Baltrum (Ostfriesischen Inseln, Niedersachsen, Alemanha); (4) Extremo norte da holanda e Mar do Norte... Estas e outras fotas com indicação dos locais estão no álbum fotográfico completo desta jornada aárea.


9. Conexão em Londres LHR conforme às passagens (11.10.2020)

...Sobre o Mar do Norte já houve poucas nuvens e observamos muitos navios. Mas o mais interessante objeto apareceu sobre nuvens - um А320 da "SAS" voando quase em paralelo e alguns quilômentos abaixo. Depis ententemos que ele apontava para Londres com precisão melhor do que nossa. 


Mas o tranporte marítimo neste pedaço trabalha mais intensamente do que aéreo.


Finalmente a Inglaterra. Este rio ainda não é o nosso Tâmisa, não. Apenas o River Deben, e a cidade litorânea ao lado chama-se Walton-on-the-Naze, portanto estamos um pouco a norte de Londres. 

Logo iniciamos procedimentos de descida e aproximação, finalizando com mais uma passagem ao sul do Centro. A segunda porção das fotos aéreas de Londres também está no anexo especial No.2: Vistas de Londres com distanciamento (anti-)social. Bem como no álbum citado acima. 

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Nesta vez atracamos na ilha 5B do Terminal LHR-5, apenas a uma parada do VLT até a obrigatória 5A. E além da experiência adquirida em setembro tivemos dobro de tempo de conexão comparando com a ida, portanto nada de pressa. Percebemos que neste hoário noturno o terminal estava ainda mais vazio do que  de manhã do dia 13 de setembro, mas o serviço de segurança do LHR tratou de demorar ainda mais, fechando parte dos pontos de controle. E a bagunça até aumentou. 

Uma das nossas bagagens de mão ficou presa depois do scaner e não antes como ocorreu na ida, e achar ela foi bem mais difícil. Finalmente avistamos algo parecido em cima de uma das mesas de inspeção visual, sem nenhum atendente por perto, e tomamos posição mais perto possível, do outro lado da barreira. Muito tranquilos: foi sorteada exatamente aquela bolsa sem qualquer item que poderia gerar questionamento.  

Uns cinco minutos depois veio um bando dos inspetores acompanhando grande bolsa de um passageiro indiano que acabou de comprar três garrafas de vinho. Eles falavam alto, colocando mãos sobre cabeças e mais pareciam com paquistaneses ou outros indianos do que com ingleses natos. O dono da bolsa ficou do nosso lado e encostou na mesma barreira, tivemos que recuar um pouco. E ai um dos inspetores percebeu a nossa presença e perguntou o motivo. Mostramos para ele aquela bolsa que parecia com a nossa desaparecida, ele foi até lá, trouxe a peça, e sem parar arremeteu este objeto para nosso lado da bareira. Pegamos no ar e conferimos que foi a nossa bolsa mesmo, e que nada de dentro sumiu, assm o incidente ficou para trás.  

O painel central do Terminal 5A mostra todos os voos do aeroporto para próximas 15 horas ou mais, e o nosso LHR-GRU está lá com T5 apenas, sem gate nem letrinha identificadora da ilha. Temos que ficar até a definição de alguma coisa. Meia hora depois a letrinha apareceu: mais uma vez 5C - é muito bom, lá pelo menos há água potável de graça e no 5A só em garrafas por preços extorsivos.

5С nesta hora é quase deserto, até a meianoite haverá apenas o nosso voo e mais um para Buenos Aires. Mais meia hora de meditações, e o número de gate aparece. Verificando: o nosso B787-9 já está aqui, e há grupos de brasileiros fazendo barulho nas proximidades deste gate. Aqui estão as imagens deste aparelho, dos gabaritos para bagagem de mão onipresentes no LHR e a ração padrão "British Coronaways": 


Uns 40 minutos para embarque sequencial, lotação da classe econômica chegou a 80-85%, mas um dos poucos lugares vazios foi na nossa fileira, temos 3 poltronas para dois para se acomodar bem. Comidinha sem sabor, vinho relaxante e podemos descansar de olhos fechados. 11,5 horas de voo noturno, fugindo do sol nascente, e na altitude de 13 km que reduz bem as turbulências de plantão mesmo na temível zona equatorial - tudo isso ajuda descansar bem neste fim da viagem. 


10. Terminando a jornada aérea 

...As luzes na cabine acenderam ainda antes do sol nascer: convite para ração com etiqueta "café da manhã" do dia 12.10.2020. E já na descida o horizonte acende em cores mais vivas:


Resumindo esta nossa experiência com a "British Airways" agradecemos esta empresa aérea pela pontualidade e até mais - pelo próprio cumprimento do plano de voos para este período. Nos dias da compra de passagens e dos voos de ida tal jornada era possível 3 vezes por semana, mas nos dias dos voos de volta já funcionava diariamente, portanto pegamos uma onda boa. Observando que no fim do outubro houve retrocesso para 3 vezes semanais de novo, em novembro rolou apenas 2 vezes por semana, e em dezembro inventaram mais um variante do "corona" inglês, e dois elos esta rota romperam - não há mais voos da "British" nem para Brasil nem para Rússia.

É o "fim da picada"? Não! Desde 17 de outubro a "Turkish Airlines" voltou a voar entre Istambul e São Paulo e oferece boas conexões nas rotas para Rússia (Moscou VKO, 3-4 vezes por semana) e para destinos em vários outros países. Depois apareceu até alguma concorrência: "Emirates" com conexões em Dubai DXB , também 3-4 vezes por semana (no início de fevereiro houve interruo,ão por 10 dias, e os preços aumentaram muito), "Lufthansa" via Frankfurt FRA desde novembro (2-3 vezes por semana), e a partir de março 2021 "QATAR" via Doha DOH.

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P.S. Um pouco da estatística operacional dos quatro aeroportos visitados
London Heathrow LHR no ano 2020 registrou 22,1 milhões de passageiros e ficou em 3-o lugar na Europa, depois de liderar por vários anos e chegar a 80,1 milhões de passageiros em 2019. Em janeiro deste ano atendeu menos de 1 milhão de passageiros e ficou fora dos Top-5 da Europa.
Moscou Domodedovo DME com 16,4 milhões de passageiros em 2020 foi 2-o mais movimentado em Moscou e na Rússia toda, subindo para 8-o lugar na Europa, depois de 22-o lugar com 28,25 milhões de passageiros em 2019. Em janeiro de 2021 com 1.457.460 passageiros tomou liderança na Rússia e 2-o lugar na Europa - depois do Istambul IST.
Samara Kurumoch KUF: 1.675.034 passageiros em 2020, depois de 3 milhões em 2019. Graças à redução relativamente pequena pela primeira vez entrou na lista Top-100 da Europa, mas na Rússia caiu do 14-o lugar para 16-o.  
São Paulo Guarulhos GRU: continua na liderança isolada na América do Sul: 43 milhões de passageiros em 2019, 20,3 milhões em 2020 e 2,3 milhões em janeiro de 2021. Caso migrasse com estes números para Europa, agora estaria na liderança também, depois do 5-o lugar em 2020 e do 11-o em 2019.

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Anexos:
1) Brasil visto de altitude 12-13 km: voando sobre SP-MG-BA-PE de Boeing-787

Parte terrestre:
Redescobrindo a nossa "Terrinha" no miolo da Eurásia

Atualizado: 21.04.2021

2 comentários:

  1. Uma atualização com relação ao item 3:
    Recentemente houve estorno daquela diferença que pagamos à "Air France" em agosto, resultando em saldo positivo no cartão de crédito para data de fechamento da última fatura (e de algumas próximas também).

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  2. Hoje recebemos da Air France a restituição do valor restante das passagens devolvidas por cancelamento de voos (a parte principal, inicialmente recebida da forma de vouchers). Portanto esta parte da história também está encerrada.

    Nos próximos dias será publicado o relato sobre a parte terrestre daquela viagem, com links para muitas fotos.

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