O mercado de transporte aéreo no Brasil sofreu grandes transformações na últimas décadas e a sua expansão foi tão forte que o número de passageiros em voos domésticos por ano já é comparável com metade da população do país. Este setor da economia é sujeito à uma regulação por parte do governo federal, bastante cuidadosa, e conta com algumas medidas de apoio em tempos de crises, porém isso não assegura a sobrevivência incondicional de todos seus participantes. Portanto o nível de rotatividade continua razoável: as companhias aéreas nascem, crescem, vivem-trabalham, e morrem - como seres humanos. O ciclo de vida das empresas de escala nacional, que raramente são mais que 3-4-5 simultaneamente, normalmente é de dezenas de anos, já das pequenas regionais tente a ser mais curto.
Na atualidade quase 100% de fluxo de passageiros em voos domésticos é dividido em partes aproximadamente iguais entre três transportadoras que possuem malhas aéreas de abrangência nacional e estão apresentadas nestas postagens recentes:
A frota da "GOL" é composta pelos Boeing-737-800(700)NG com configuração de 3+3 assentos (já em processo de atualização para NNG, ou seja 737MAX), e a sua modesta participação no setor internacional ocorre dentro do respectivo alcance. Já a "LATAM" aposta na família Airbus-320 (incluindo o modelo 319 e ainda mais o 321), também 3+3, tanto nas linhas domésticas quanto nas continentais, e opera também uma variedade de modelos maiores de dois corredores (widebody) e alcance "global". Estes últimos são utilizados basicamente em rotas internacionais mais extensas, mas também ajudam em voos continentais ou até domésticas com picos de demanda. A "AZUL" criou a mais completa malha aérea doméstica operando aviões menores (2+2), mas também bastante econômicos: Еmbraer-195(0) e ATR-72, mas já começou a mudança para padrão 3+3 com Airbus-320neo, e também abriu algumas linhas intercontinentais com widebody Аirbus-330.A história da aviação civil brasileira foi feita com participação de várias ourras empresas, algumas das quais figuram na nossa postagem de 2013 - Linhas domésticas no Brasil
Apresentação atualizada em 04.07.2021.
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Além disso, uma parceria público-privada (PPP) está em fase de estruturação para qualificar oito aeroportos do Amazonas (Parintins, Carauari, Coari, Eirunepé, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Lábrea e Maués), que devem receber R$ 380 milhões em investimentos a partir de 2022.
...Com licitações autorizadas pelo governo federal em 2020, a expectativa é de construção do novo terminal de passageiros do Aeroporto de Oiapoque (AP), além da reforma e ampliação do Aeroporto de Barreiras (BA), construção de cerca operacional e guaritas do Aeroporto de Barreirinhas (MA), ampliação e adequação do Aeroporto de Patos (PB), implantação de novo terminal de passageiros e ampliação da área operacional do Aeroporto de Santo Ângelo (RS), e da aquisição de equipamentos para o Aeroporto de Cascavel (PR). A aquisição de sistema de segurança, já autorizada por meio de licitação, deve beneficiar o Aeroporto de Jericoacoara (CE). Há previsão ainda de ampliação e adequação do Aeroporto de Bom Jesus do Gurguéia (PI), aguardando licitação...
...Parte dos investimentos na aviação regional do Brasil se dá por meio da Infraero. Entre 2019 e 2020, a estatal investiu mais de R$ 610 milhões para a melhoria da infraestrutura em 49 aeroportos da sua rede, incluindo terminais regionais e também de algumas capitais. De acordo com a Infraero, os recursos utilizados somente em aeroportos com perfil regional representaram 43,6% do total investido no biênio...
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