quarta-feira, 21 de abril de 2021

Redescobrindo a nossa "Terrinha" no miolo da Eurásia

Viagem a dois em setembro-outubro de 2020 - a parte terrestre

A parte aérea desta viagem e a sua programação inicial (rodada em maio de 2020 apenas na forma virtual) foram apresentadas na saga Uma jornada intercontinental entre ondas do infodemônio "COVID-19", e agora contaremos as impressões daquelas quatro semanas que passamos, depois de tanto tempo, na nossa região natal. 

"Tudo tem seu lado verso", inclusive aqueles desastres inimagináveis, como a ocorrência que excluiu da nossa programação presencial "Rússia-2020" não só a participação dos sete amigos brasileiros, mas também 3 principais dos 4 destinos turísticos que planejamos percorrer juntos em 18 dias. Só sobrou o ponto final, a nossa querida cidade de Samara, mas agora não no formato de "3 dias de turismo em grupo na cidade mais 10 dias de assuntos burocráticos além da parte social e do turismo livre na cidade e região" e, sim, "até 28 dias de assuntos burocráticos em paralelo à parte social e ao turismo livre na cidade e região". De fato, nos tempos de "COVID-19" a parte burocrática realmente ficou mais lenta (ainda bem que não travou de vez) e esta flexibilização de prazo ajudou mesmo no cumprimento de tal item. A parte social também agradece: embora alguns (poucos) dos amigos e parentes se fecharam mesmo, outros (também poucos) precisaram de mais tempo para agendamento dos encontros, os firmes e fortes conseguimos encontrar mais vezes neste prazo alongado, e isso é o que realmente vale a pena. 

Já a parte turística nem falar: com tempo maior e com espalhamento geográfico menor fizemos a "malha fina", e o grande destaque regional merecidamente ficou em foco: o Rio Volga, pela primeira vez nos últimos 28 anos em cores de outono:    


E como pode ser visto na colagem acima, andamos pelas margens do maior curso de água da Europa não só na cidade de Samara, mas também em dois pedaços do Parque Nacional na margem oposta. Além disso visitamos a 2-a, a 3-a e a 4-a maiores cidades da mesma unidade federal, também bem perto deste rio: a no.2 contribuiu para a colagem fluvial com foto superior direita - vista quase infinita da represa, e na no.3 paramos pela primeira vez depois de dezenas de travessias de trem. 

Não podia faltar também uma esticada no sentido leste, para região de Oremburgo, a origem das nossas famílias, e até visitamos, também pela primeira vez, o seu centro administrativo (Oremburgo mesmo, o que significa justamente "a cidade oriental" em alemão) que antes costumamos passar de trem com paradas relativamente curtas. O pedaço que exploramos naquelas 4 semanas ficou assim posicionado no mapa da Rússia europeia e dos seus vizinhos imediatos - a Europa Ocidental e a Rússia asiática (que não coube por inteira aqui) com Cazaquistão ao seu lado:

sábado, 3 de abril de 2021

Companhias aéreas do Brasil

O mercado de transporte aéreo no Brasil sofreu grandes transformações na últimas décadas e a sua expansão foi tão forte que o número de passageiros em voos domésticos por ano já é comparável com metade da população do país. Este setor da economia é sujeito à uma regulação por parte do governo federal, bastante cuidadosa, e conta com algumas medidas de apoio em tempos de crises, porém isso não assegura a sobrevivência incondicional de todos seus participantes. Portanto o nível de rotatividade continua razoável: as companhias aéreas nascem, crescem, vivem-trabalham, e morrem -  como seres humanos. O ciclo de vida das empresas de escala nacional, que raramente são mais que 3-4-5 simultaneamente, normalmente é de dezenas de anos, já das pequenas regionais tente a ser mais curto.

Na atualidade quase 100% de fluxo de passageiros em voos domésticos é dividido em partes aproximadamente iguais entre três transportadoras que possuem malhas aéreas de abrangência nacional e estão apresentadas nestas postagens recentes:

A frota da "GOL" é composta pelos Boeing-737-800(700)NG com configuração de 3+3 assentos (já em processo de atualização para NNG, ou seja 737MAX), e a sua modesta participação no setor internacional ocorre dentro do respectivo alcance. Já a "LATAM" aposta na família Airbus-320 (incluindo o modelo 319 e ainda mais o 321), também 3+3, tanto nas linhas domésticas quanto nas continentais, e opera também uma variedade de modelos maiores de dois corredores (widebody) e alcance "global". Estes últimos são utilizados basicamente em rotas internacionais mais extensas, mas também ajudam em voos continentais ou até domésticas com picos de demanda.  A "AZUL" criou a mais completa malha aérea doméstica operando aviões menores (2+2), mas também bastante econômicos: Еmbraer-195(0) e ATR-72, mas já começou a mudança para padrão 3+3 com Airbus-320neo, e também abriu algumas linhas intercontinentais com widebody Аirbus-330.