sábado, 27 de março de 2021

Empresa aérea "AZUL"

Esta empresa aérea foi fundada em 2008 pelo Sr. David Neeleman (Wikipedia), mundialmente conhecido como dono de uma das mais bem-sucedidas companhias "lowcost" do Mundo - norte-americana "JetBlue" (Wikipedia), na onda de sucesso dos aviões Embraer-190(5) recentemente adquiridos pela matriz na expressiva quantidade 100 pedidos firmes + 100 opções (em breve concretizadas). Ele driblou as limitações para participação do capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras usando os privilégios de dupla cidadania adquiridos em função do local de nascimento (ocorre que na época o seu pai estava a trabalho em São Paulo como jornalista em missões de longo prazo), e criou uma empresa como que fosse independente da "JetBlue", se apresentando como que fosse outra pessoa com mesmo nome e com passaporte brasileiro. O modelo de negócios inicial apostava pesado na eficiência operacional do referido modelo E190(5) com até 122 lugares e alcance de 4 mil km  (foi primeiro operador destes jatos no Brasil), mas a empresa não ficou só nisso.

Depois de adicionar uma dúzia de turbo-hélices ATR72, em 2012 a "AZUL" se juntou à maior empresa aérea regional do Brasil e da toda a América do Sul TRIP (Wikipedia) que também começava a operar os jatos do mesmo modelo E190, mas tinha como base da frota exatamente ATR72 e possuiu muito ampla malha de rotas. Esta última característica, bem como o padrão da frota, foram mantidos por alguns anos e reforçados a seguir. 

A primeira expansão para escala maior foi com adição dos "widebody" A330 (atualmente são 12) e início de operações intercontinentais para sul dos EUA e para Portugal em 2014. E este espectro de aeronaves ficou mais sólido com chegada dos primeiros A320neo a partir do final de 2016. Depois da falência da "Avianca Brasil" (Wikipedia) em 2019 que resultou em incorporação dos seus aviões deste modelo e dos outros pedidos diretos ficou claro que a "AZUL" seguirá o exemplo da "JetBlue" apostano mais neste modelo e deixando menores como coadjuvantes.

Mas os E195(0) continuam sendo muito importantes na frota da "AZUL":          


São 50 em operação no início deste ano, sendo apenas 3 da versão original e mais curta (E190). 

Embora já começou a era dos A320neo e A321neo,  são 42+3=45 no total neste dia, com mais 70 pedidos firmes. 

Os 33 ATR-72-600 de 70 lugares sustentam ampla cobertura da malha aérea nacional e os A320(1)-Neo a capacidade de atender demandas mais intensas, bem como ajudar na expansão futura. 

Assim, a empresa atualmente opera cerca de 140 aeronaves de 4 categorias com capacidade de 70 até 300 passageiros. Além disso desde o ano 2020 agregou a "Azul Conecta" - antiga "TwoFlex Taxi Aéreo" com aeronaves monomotores de 9 lugares ("Cessna C208B Grand Caravan") que servem alguns destinos sazonais e de menor demanda. Mesmo sem considerar esses últimos, a malha aérea da "AZUL" no Brasil é de longe a mais completa nos últimos anos: 

domingo, 21 de março de 2021

Empresa aérea "LATAM Airlines Brasil"

A atual "LATAM Airlines Brasil" é a cara nova da brasileira "TAM Linhas Aéreas" que desde meados do ano 2012 faz parte da holding "LATAM Airlines Group". Nos primeiros anos depois desta fusão a parte chilena (com suas subsidiárias na Argentina, no Peru, no Equador e na Colômbia) e a parte brasileira (com subsidiária no Paraguai) usaram suas marcas comerciais e identidades visuais tradicionais, e só a partir do ano 2016 começaram a implementação da nova imagem desta grande empresa aérea: 


LAN+TAM=LATAM    

Embora as datas de concepção e de nascimento desta marca são recentes (2012 e 2016 respectivamente), a sua origem é muito mais remota e a história do seu desenvolvimento é fascinante. 

sábado, 20 de março de 2021

Empresa aérea "GOL"

A primeira transportadora aérea do gênero de "baixo custo" (inlg."lowcost") foi fundada em 2000, começou operações no início de 2001, e estreou em voos internacionais em 2004 (Gol Linhas Aéreas Inteligentes - Wikipedia). Cresceu de forma sustentável, mas bastante rápido, e ainda deu dois saltos importantes: em 2007 adquiriu os restos da outrora maior empresa aérea brasileira "VARIG" (Wikipedia), e incorporou o seu programa de fidelidade "Smiles", e em 2011 engoliu a  "WEBJET" (Wikipedia) - mais jovem empresa "lowcost" - junto com alguns elementos do seu modelo de negócios. Antes de completar 20 anos de vida a "GOL" já tomou a liderança no mercado aéreo doméstico do Brasil com 35-40% do seu volume total (34,2 milhões de passageiros e 36,4 bi RPK em 2019). Embora não supera os concorrentes nem pela cobertura da sua malha nem pelo tamanho da frota. E muito menos pela diversidade de aviões em operação, pelo contrário - aposta pesado no espaçoso e eficiente "Boeing 737-800NG".


Atualmente opera 91 aviões deste modelo, mais 24 do "Boeing В737-700NG" - um pouco mais curto. Há também 7 aviões do ainda mais moderno e econômico modelo "Boeing 737 MAX", cuja operação ficou suspensa mundialmente por 20 meses por motivos técnicos. Esta perda temporária inicialmente causou à "GOL" algumas dificuldades, mas não muito grandes, e com início da crise "COVID-19" foi absorvida. Entretanto, a "GOL" continua apostando neste modelo no médio prazo e foi pioneira mundial na retomada da sua operação comercial (em dezembro de 2020). E até utiliza a imagem deste famigerado "MAX" no seu website - para enfeitar o mapa que lembra como estava a malha aérea da "GOL" antes das mudanças provocadas pela crise sanitária mundial desde março de 2020: 

sábado, 13 de março de 2021

Uma jornada intercontinental entre ondas do infodemônio "COVID-19"

Viagem a dois em setembro-outubro de 2020 - detalhes da parte aérea


Resumidamente, pretendemos chegar à Rússia (São Petersburgo) no dia 1 de maio pela rota GRU-AMS-LED da "KLM", e retornar 30 dias depois de Moscou com "Air France": SVO-CDG-GRU, de acordo com passagens que compramos desta última. E conseguimos mesmo passar 4 semanas no nosso país de origem, mas com adiamento por quase quatro meses e meio e voando com "British Airways" via LHR, eliminando São Petersburgo LED do roteiro e trocando o aeroporto em Moscou de SVO para DME: 


Tamanho de modificações na nossa ponte aérea acusa certo dramatismo, e, realmente, a experiência desta jornada merece ser compartilhada com alguns pormenores.  


1. Planos iniciais e correções forçadas

Viagem pela Rússia em maio de 2020 com nossos amigos brasileiros foi planejada desde início de 2019, e depois dos 18 dias de passeios em grupo pretendemos ficar lá por mais 12 - para visitas familiares, encontros com velhos amigos e resolução das pendências burocráticas acumuladas nos últimos anos. Por causa dos bloqueios aéreos, quarentenas e "lockdowns" que desabaram sobre este planeta desde o fim de março, em abril tivemos que cancelar todas reservas em hotéis (sem custo) e devolver passagens de trens (com pagamento de pequena tarifa e algumas perdas cambiais). Enquanto o maior investimento - passagens aéreas internacionais - ficou congelado na forma dos "vouchers", valendo por um ano apenas para compra de novas passagens da "Air France - KLM" e, se não forem usados, reembolsáveis só em maio de 2021.   

Nestas circunstâncias tivemos que aderir à nova moda e rodamos a nossa programação turística em maio de 2020 na forma de "trabalho à distância": 
Rússia-2020, viagem virtual: 4 dias em São Petersburgo
Rússia-2020, viagem virtual: 5 dias em Moscou
Rússia-2020, viagem virtual: 2,5 dias em Volgogrado
Rússia-2020, viagem virtual: 3 dias em Samara

Espero que não seja em definitivo, pelo menos para alguns integrantes do grupo, mas o retorno ao modo presencial nesta parte ainda não está em pauta, pelo menos antes do ano 2022. Mas a parte mais particular deveria ser resolvida o mais breve possível, portanto ficamos à espreita do reinício de voos com passageiros entre dois países. 


2. Aguardando a nossa vez

Tecnicamente, a impossibilidade de viagens aéreas entre Brasil e Rússia durou de 27 de março até 31 de julho de 2020, de acordo com um decreto de governo da Rússia que proibiu o transporte aéreo internacional inicialmente até 30 de abril, e depois tinha três prorrogações mensais. Embora as medidas do governo do Brasil no mesmo período não chegaram a ser simétricas, e de fato, além dos voos entre São Paulo e vários "hubs" do Velho Mundo em fequência reduzida, até houve voos regulares entre Moscou e algumas capitais europeias, mas de frequência menor ainda e com venda de passagens muito restrita (viagens governamentais, repatriação etc.), portanto sem conexões. Além disso, alguns voos diretos das empresas aéreas "charter" foram organizados para retorno dos turistas que ficaram "ilhados" por causa dessa repentina destruição do sistema de transporte aéreo internacional, mas para nós esta solução não foi aplicável. Portanto esperamos até agosto, quando o tal decreto do governo da Rússia finalmente caducou e as companhias aéreas ficaram livres para reiniciar operações regulares com passageiros, e  redobramos a atenção no monitoramento das rotas do nosso interesse.  

           

3. Blefe da "Air France" e compra de novas passagens aéreas

O website da "Air France" ainda em maio - julho estava vendendo passagens de São Paulo GRU até Moscou SVO com conexão em Paris CDG, ou mesmo até o nosso destino final Samara KUF com conexões em CDG e SVO, simplesmente apostando em não prorrogação para próximo mês do decreto que proíbe voos internacionais. E no fim de cada mês rolaram novos ajustes do plano de voos, com cancelamentos e com emissão dos novos "vouchers" para quem comprou essas apostas. Finalmente, em 1 de agosto não houve mais motivos formais para cancelar voos entre CDG e SVO, e o referido website mostrou em tempo real 2 voos: "atrasado - decolou - voando - chegou". O mesmo ocorreu nos dias seguintes e  no terceiro dia dessa maravilha acreditamos na recuperação da nossa rota aérea e trocamos "vouchers" (no valor de um pouco mais de R$ 8 mil) pelas passagens GRU-CDG-SVO-KUF e volta, pagando no cartão de crédito a diferença de R$ 1,6 mil basicamente pelos trechos internos na Rússia incluídos só agora. Ida no dia 3 de setembro e retorno um mês depois.

domingo, 7 de março de 2021

Vistas de Londres com distanciamento (anti-)social

A nossa maior viagem de 2020 foi adiada de maio para setembro e só foi realizada graças a uma janela de oportunidade para voos entre Brasil e Rússia - com conexões em Londres LHR que funcionaram bem por 3-4 meses. Embora as restrições sob bandeira COVID-19 tornaram inviável um "stopover" ou pelo menos "layover" para passeios pela cidade, não passamos completamente em branco. Acabamos conhecendo um pouco a capital britânica - olhando pela janela de avião, tirando fotos dos marcos que chamaram atenção e analisando depois com ajuda de mapas o que foi registrado nessas imagens. E ocorreu que boa parte das maiores atrações de Londres foi vista, sim:  

Agora, o que foi isso exatamente e em qual parte da cidade fica - isso veremos por partes e em detalhes. 


13.09.2020. Voo São Paulo GRU - Londres LHR da British Airways com B-787-9 

Ainda na penumbra de manhã, com iluminação bastante precária, mas já na primeira imagem podemos ver alguns objetos de destaque: